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Madeira

Cada vez menos balcões físicos da banca na Madeira

Em contraponto, as comissões recebidas e os juros e proveitos equiparados subiram a dois dígitos

Bancos apostam nos serviços online.  Foto Shutterstock
Bancos apostam nos serviços online.  Foto Shutterstock

Em 2022, "a outra intermediação monetária (OIM), constituída por estabelecimentos de bancos, caixas económicas e caixa de crédito agrícola, mantinha em atividade 82 estabelecimentos na Região Autónoma da Madeira (RAM), menos 6 estabelecimentos que em 2021", informa hoje a Direcção regional de Estatística da Madeira, segundo a informação apurada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). São menos 100 balcões em 13 anos.

Salienta, por isso, que "depois de um pico atingido em 2009 (182 estabelecimentos), o número de estabelecimentos bancários tem vindo sucessivamente a descer, sendo o número de 2022, o mais baixo registado na Região desde o início da série (1997)", refere.

Já neste último ano de referência, "mais de metade (53,7%) dos 82 estabelecimentos de bancos, caixas económicas e caixa de crédito agrícola na RAM estavam concentrados no município do Funchal (44 estabelecimentos), surgindo logo a seguir Santa Cruz, com 7 estabelecimentos", o que significa que "o número de estabelecimentos de OIM por 10.000 habitantes, na RAM, em 2022, era de 3,2, valor inferior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) ao verificado para o país (3,4 estabelecimentos). O Porto Moniz e o Porto Santo apresentavam os rácios mais elevados (12,0 e 5,7, pela mesma ordem, surgindo, no polo oposto, Ponta do Sol e Câmara de Lobos, com 1,2 e 1,5 estabelecimentos por 10.000 habitantes, respetivamente".  

Infelizmente, devido à "aplicação do tratamento de segredo estatístico por parte do INE inviabiliza a divulgação do número do pessoal ao serviço e do respetivo custo para dois municípios da RAM, no que se refere a 2022", destaca a DREM. "Contudo, a informação disponível para os restantes nove municípios, mostra que houve redução de pessoal ao serviço em Câmara de Lobos (-4), Porto Santo (-3), Funchal (-2) e em Santana (-1), enquanto a Ribeira Brava, Santa Cruz e Machico mantiveram o valor de 2021. Em termos globais, em 2022, trabalhavam 464 pessoas nos estabelecimentos bancários da Região, menos 9 que em 2021 (-1,9%). Quanto aos custos com pessoal, os mesmos totalizaram 26,0 milhões de euros, -3,5% que em 2021. Apenas no Funchal foi registada uma subida, de +4,8%, sendo que nos restantes verificaram-se quebras, que oscilaram entre os -32,1% em Santa Cruz e -2,6% em Machico", resume.

Poupanças em quebra recorde

Já do lado das subidas, "os juros e proveitos equiparados rondaram os 47,0 milhões de euros, em 2022, +18,2% que em 2021. Quanto às comissões recebidas pelos estabelecimentos bancários, localizados na Região, estas subiram para os 31,4 milhões de euros, ou seja, +11,5% face ao ano precedente", aponta como pontos positivos da exploração. Contudo, "em 2022, os juros de depósitos de clientes atingiram o nível mais baixo da série disponível (que se inicia em 1997), ficando pelos 2,6 milhões de euros (-26,8% que em 2021)", afiança.

Prémios brutos de seguros cresceram

Por fim, "na atividade seguradora, foram identificados 11 estabelecimentos de empresas de seguros na Região, o mesmo valor de 2021", sendo que "o número de pessoas ao serviço foi de 43 (41 em 2021). Relativamente aos custos com o pessoal, estes registaram uma redução de 10,4%, entre 2021 e 2022. Por fim, os prémios brutos emitidos pelos estabelecimentos de empresas de seguros na Região subiram para os 57,1 milhões de euros, em 2022, +25,5% que no ano precedente", conclui.