Não sendo propriamente defensor de todas as medidas que o Governo Regional tomou ao longo desta maldita pandemia, ainda que reconhecendo que não é fácil decidir sobre o que é incerto, estou cada vez mais envergonhado e preocupado com o populismo do PS-Madeira.

Liderados por um indivíduo que tem a mania que descobriu a pólvora, os socialistas de cá têm procurado seguir uma política de mera caça ao voto, armados em salvadores da Pátria, com posturas inaceitáveis, bipolares e embaraçosas até para muitos militantes de base, como é o meu caso.

Depois de ter dito tanto mal do orçamento que foi apresentado pelo Governo para o novo ano, e de, imagine-se, ter optado por se abster na votação, depois de ter esticado o tapete vermelho à candidata presidencial Ana Gomes, a atual liderança do PS-Madeira, felizmente cada vez mais criticada internamente, continua fiel a um jogo de discursos vazios, nos quais procura promover-se com a desgraça alheia, pedindo, por exemplo, apoio extraordinário às pessoas que foram afetadas pelo temporal de 25 de Dezembro, ou apontando o dedo àqueles que decidiram manter o espetáculo de fogo de artifício do Fim do Ano.

Esta atitude, de tentativa de apoio à vítima, típica dos abutres, é no mínimo condenável. Não aceito mais este populismo socialistas, com o camarada Carlos Pereira, as coisas não eram assim. Há limites.

Emanuel Camacho