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A via lenta

A Via Expresso faz parte do núcleo de desenvolvimento rodoviário que ajudou a mudar a Região. Modernizando-a e tornando a vida das pessoas e populações dos concelhos abrangidos bem melhor. De tal forma que hoje essas localidades gozam de uma transformação positiva incomparável com alguns anos atrás.

Fruto da normal evolução das coisas, designadamente o grande boom turístico e imobiliário que vem acontecendo a oeste, o movimento aumentou substancialmente. Ao ponto de começar a ser, a certas horas, um aborrecimento circular naquele percurso. Talvez não para quem o utiliza de vez em quando, mas para quem o faz diariamente.

Por exemplo, da Calheta até à Ribeira Brava, ou vice-versa, acumulam-se as dificuldades, algumas inesperadas, que complicam a vida daqueles que não estando em passeio, de férias ou em turismo, têm de fazer aquela deslocação para trabalhar.

São as filas de carros que, quando o veículo que vai à frente não anda, face ao movimento em sentido contrário, torna difícil e morosa a ultrapassagem, são os engarrafamentos, antes das rotundas à entrada dos concelhos, em horas de ponta, incluindo o Lugar de Baixo, são os dias que os camiões saem à rua (já cheguei a ultrapassar 13) e, “the last but not the least”, são os turistas que, às dezenas, vão por ali, desde manhã, parecendo em constante fase trapalhona de aprendizagem na condução.

E como é certo que vem aí mais crescimento, tem tudo para piorar. A solução seria mais uma Via Expresso. Juntamente com a existente, que está ficando lenta, dava o prolongamento da Via Rápida até à Calheta. São mais três túneis.

Como quem não fala Deus não ouve, cá vou gritando. Pode ser que alguém, que pense bem, grande e longe, oiça.