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Um artista "de grande dignidade e cultura"

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Foto Global Imagens 

A pianista Maria João Pires recordou o fadista Carlos do Carmo, que morreu hoje aos 81 anos, como "um homem de grande dignidade e de grande cultura".

"Carlos do Carmo fica na minha memória como um artista verdadeiro, um homem de grande dignidade e de grande cultura... Vai-nos fazer falta a todos e deixar no nosso coração uma enorme saudade", escreveu Maria João Pires na rede social Instagram.

Maria João Pires gravou em 2012 um álbum com Carlos do Carmo, intitulado com o nome de ambos; um diálogo entre piano e voz, no qual o fadista interpretou poemas de autores como José Saramago, Maria do Rosário Pedreira e Nuno Júdice e composições de António Victorino d'Almeida.

O álbum, também editado em DVD, foi publicado pela Edge Music, uma das etiquetas da Universal Music e da Deutsche Grammophone.

Carlos do Carmo morreu hoje, aos 81 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, era filho da fadista Lucília do Carmo e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística em 1964.

Vencedor do Grammy Latino de Carreira, que recebeu em 2014, entre outros galardões, o seu percurso passou pelos principais palcos mundiais, do Olympia, em Paris, à Ópera de Frankfurt, na Alemanha, do 'Canecão', no Rio de Janeiro, ao Royal Albert Hall, em Londres.

O cantor despediu-se dos palcos em 09 de novembro de 2019, com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

A publicação do seu derradeiro álbum, "E Ainda?", prevista para o passado mês de novembro, foi anunciada hoje, para este ano, pela editora Universal Music.

O Governo decretou um dia de luto nacional para segunda-feira, pela morte de Carlos do Carmo.

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