Tsunami

Faltava esta justificação para aumentar o molhe da Pontinha: proteger de tsunami. Mais de quatrocentos metros de molhe por um custo nunca inferior a trezentos milhões de euros. Perdemos todos a noção do valor do dinheiro. Esgotada que está a justificação de proteção do cais oito, e mais um navio com dez mil passageiros e tripulantes sobre a Cidade, coisa repudiável, agora pretende-se resguardar um pequeno sector do Funchal, como se as Desertas e a actual Pontinha não fossem garante de segurança. Não se percebe como a Câmara vai deixar encher a praia Formosa de habitação sem qualquer proteção contra tsunamis.

“Irresponsabilidade”. Não é custo da Câmara e não custa pedir. A parte do Funchal que ficaria dessa maneira protegida não é maior que as desabrigadas Câmara de Lobos, Santa Cruz, Machico, Caniçal, Vila Baleira, Paúl do Mar, São Vicente, etc. Esqueceram-se de dar esta justificação para os existentes pontões na Ribeira Brava, Ponta do Sol e Calheta. Pretendiam apenas defender praias artificiais de areia.

Luís Figueiredo