Madeira

Desassossego

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Boa noite!

. Passadas algumas hesitações festivas, o Governo Regional finalmente percebeu que urge apertar o cerco no combate à pandemia antes que não haja camas disponíveis nos cuidados intensivos do Hospital. Limitar a circulação e os ajuntamentos é sempre louvável, embora haja quem teime em infringir recomendações básicas, sinal evidente que, durante décadas de obediência cega, não foi cultivada a responsabilidade individual. O que deve atormentar cada um dos mais desleixados do novo normal não é o risco elevado quase generalizado, mas os comportamentos inconcebíveis que multiplicam os casos positivos.

. Vivemos em permanente sobressalto. Quando não é por causa do vírus sorrateiro, a natureza mostra a sua raça e eis que surge um ou outro temporal agreste, desta vez, com aviso a preceito. Passamos o tempo em estado de sítio, de emergência ou de catástrofe com medo de fartura, noites mal dormidas e cansaço acumulado. O mau tempo não explica tudo e por isso o desassossego é maior. Em todos os lugares, o estrangulamento de alguns cursos de água, a impermeabilização dos solos, a falta de limpeza de levadas e de ribeiras contribuem para os estragos públicos, mesmo que a chuva e o vento façam o resto.

. Não há forma do Nacional conseguir jogar no ano novo. Hoje o vento que soprava forte do mar à serra não deixou. Mas podia ter sido o nevoeiro. Numa ilha com tanto estádio, todos pagos de uma maneira ou de outras pelos mesmos contribuintes, não há plano alternativo quando um campo não oferece condições e o vizinho fica a rir-se. Não é de agora, mas é estranho este pontapé no alegado ‘fair play’.

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