Coronavírus Madeira

Delegado de Saúde do Porto Santo quer todos os que vieram ao Funchal testados

Ontem foram identificados mais dois casos positivos de covid-19 na ilha

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Foto EPA/LUCA ZENNARO

O Porto Santo tinha ontem mais dois casos positivos, pertencem a cadeiras de transmissão já identificadas, o que fez elevar para 42 o número de casos positivos activos de covid-19 na ilha. Em vigilância estavam 207 pessoas, podendo ainda surgir de entre estes outros positivos, revelou Rogério Correia à Rádio Praia. O Delegado de Saúde do Porto Santo não é a favor da testagem de todos os alunos, mas de todas as pessoas que estiveram no Funchal e regressaram nos últimos dias, independentemente da idade.

Rogério Correia disse que quando se referiu a que todos deveriam ser testados nas escolas que se referiu a docentes e não docentes, não quis incluir os alunos. Segundo o médico, as cadeias de transmissão existem porque vieram de fora, “alguém as trouxe. Vieram da Madeira, nomeadamente”. E por isso defendeu: “Todos os que foram ao Funchal nesta altura devem ser testados, sejam grandes, sejam pequenos, alunos ou não. Todos devem ser testados e ninguém deve ir para a escola, daqueles que foram ao Funchal, sem fazer o teste. Mas só estes”.

O Delegado de Saúde crê que todos já cumpriram a indicação que foi dada e que por isso não há risco de os alunos regressarem às aulas presenciais e que por isso, os que ficaram no Porto Santo “não precisam de fazer teste.”

Aos microfones da Rádio Praia o médico garantiu que a escola só abrirá em condições sanitárias e que a organização interna com as pessoas é competência da instituição de ensino.

Com alguma disciplina, acredita que o problema acabará brevemente na ilha, pois as centenas de pessoas que regressaram do Funchal estarão todas testadas.

As cadeias de transmissão no Porto Santo neste momento estão isoladas, mas podem surgir outras, disse o responsável, uma vez que estão a testar muitos dos que regressaram ao Porto Santo nos primeiros dias de Janeiro. Os testes são às dezenas por dia, colocando à prova a capacidade física e humana do centro de saúde. A estrutura, assumiu, não estava preparada para centenas de testes por dia, e dá como exemplo a sexta-feira, em que foram realizados mais de 300. Da mesma forma que a nível mundial os serviços de saúde também não estavam preparados, comparou.

Explica que a capacidade do centro de saúde não pode ser mudada rapidamente. E mesmo se for equacionado outro local, é necessário criar condições de higienização e segurança nesse recinto “Não se criam de um dia para o outro e nós temos que testar já todos”, defendeu.

Rogério Correia aproveitou a oportunidade para voltar a incentivar ao cumprimento das medidas de segurança e desincentivou a circulação, por forma a não agravar a situação.

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