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Cuba vai testar no Irão eficácia de uma possível vacina

Anúncio surge depois do líder supremo do estado islâmico ter proibido a importação de vacinas produzidas nos Estados Unidos ou no Reino Unido

Em Dezembro o Irão começou a testar a sua vacina. Agora vai testar a cubana.  Foto EPA/AREF TAHERKENAREH
Em Dezembro o Irão começou a testar a sua vacina. Agora vai testar a cubana.  Foto EPA/AREF TAHERKENAREH

Cuba vai testar no Irão a eficácia de uma vacina candidata para a covid-19 em estado mais avançado, anunciou ontem o instituto que a desenvolveu.

O Instituto de Vacinação Finlay (IVF), gerido pelo Estado cubano, e o Instituto Pasteur do Irão assinaram um acordo em Havana que permitirá "a conclusão das provas clínicas para a vacina candidata Soberana 02" e "progressos rápidos na imunização contra a covid-19 nos dois países", anunciou o IVF na rede social Twitter.

O anúncio surge um dia depois de o líder supremo do Irão, Ali Khamenei, ter proibido a importação de vacinas produzidas nos Estados Unidos ou no Reino Unido, numa mensagem no Twitter, posteriormente eliminada pelo gestor da rede por violar as regras de utilização.

Cuba, que espera imunizar a sua população contra a covid-19 no primeiro semestre deste ano, está a trabalhar em quatro projetos de vacina, sendo o da Soberana 02 o mais avançado.

No final de dezembro de 2020, o diretor do IVF, Vicente Vérez Bencomo, disse que estavam em curso negociações para realizar noutros países a fase final dos ensaios clínicos da candidata Soberana 02 devido à baixa prevalência da covid-19 em Cuba.

A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 1.914.057 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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