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Madeira

PS-Madeira quer provas de que não há excesso de pessoas nos percursos pedestres

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Foto DR

O Partido Socialista da Madeira (PS-Madeira) tem dúvidas de que não exista excesso de pessoas nos percursos pedestres da Região.

Em nota remetida à imprensa, os socialistas revelam já ter pedido "provas documentais" ao Executivo madeirense que confirmem o que tem sido apontado por Eduardo Jesus, secretário regional com a tutela do Turismo e do Ambiente. Pedem, por isso, elementos que confirmem que "não existe sobrecarga de utilização e a carga dos principais percursos pedestres não foi ultrapassada". 

"A situação caótica que se verifica em alguns percursos pedestres e espaços naturais de maior procura turística – bem à vista de todos – e as declarações do secretário regional do Turismo, Ambiente e Cultura de que não há excesso de utilizadores levaram o Grupo Parlamentar do PS a solicitar a Eduardo Jesus a prova de que, à luz das regras em vigor, não há, efectivamente, uma sobrecarga de utilização destes locais", lemos na nota difundida esta tarde. 

Apontando o que dizem ser uma evidência da degração ambiental em vários locais, nomeadamente no Fanal, os socialistas contrariam o que tem sido apontado pelo governante, que tem se referido, apenas, ao excesso de viaturas e ao problema do estacionamento, recusando quaisquer constrangimentos no que aos percursos pedestres diz respeito. 

No conjunto de documentação solicitada, dizem querer o novo palno de gestão do Fanal. Além disso, Sílvia Silva pede "os dados mais recentes e actualizados sobre o número de utilizadores dos percursos pedestres recomendados da Região Autónoma da Madeira e outros pontos de atração turística, bem como esclarecimentos sobre como esses dados de visitação são obtidos, nomeadamente nos trilhos onde não existe cobrança de taxas, contadores ou outro meio de controlo dos acessos", lemos na nota.

A deputada socialista na Assembleia Legislativa da Madeira lembra a capacidade de carga definida para alguns percursos pedestres classificados da Região, conforme os respetivos Planos de Gestão e Ordenamento das áreas onde se inserem, reforçando que "enquanto os mesmos não forem actualizados, são esses limites que devem ser tidos como referencial". A parlamentar lembra que a anterior secretária, Susana Prada, usava o mesmo argumento, mas, perante os pedidos de esclarecimento do PS, o Governo nunca foi capaz de apresentar dados fidedignos que atestem que "tudo está controlado". 

De caminho, pretendem saber se a cobrança da taxa de resíduos fez diminuir a procura pelos principais pontos turísticos e percursos pedestres, duvindando que essa medida, sem a limitação do número máximo de acessos, possa reduzir a carga humana nesses espaços naturais. 

Sílvia Silva recorda as propostas apresentadas pelo PS para impor um controlo de acessos, lamentando que as mesmas tenham sido sempre chumbadas pela maioria que suporta o Governo Regional. "O resultado está à vista, com a degradação de vasto património natural da nossa Região, inclusive de locais sensíveis e emblemáticos como é o Fanal", argumenta.