Madeira

Varino investe 300 milhões de euros no 'Dubai Madeira'

Socicorreia e AFA apresentaram hoje projecto com nove edifícios "todos diferentes uns dos outros"

None

O "sonho" com cinco anos chegou finalmente ao terreno, com a Varino, empresa detida pelos grupos madeirenses Socicorreia e AFA, a apresentar hoje o projecto 'Dubai Madeira', investimento que ronda os 300 milhões de euros e que deve estar concluído na plenitude em 2028.

Composto por nove edifícios, concebidos por diversos arquitectos, o empreendimento imobiliário que o DIÁRIO revelou em primeira mão na edição de 13.7.2018 e que já sofreu diversas alterações,  pretende ser "diferenciador e com qualidade", desafio robusto que levou Custódio Correia a estabelecer uma parceria com o grupo AFA, com Avelino Farinha a acarinhar aquele que hoje é o maior investimento privado em curso na Região.

Situado na Ajuda, na zona oeste do Funchal,  o empreendimento de luxo dotará a capital madeirense de cerca de mais 400 apartamentos, de tipologias T1 a T4.

O primeiro edifício já em obras, há cerca de um ano, deverá estar concluído em 2023 e os últimos dois em 2028. Serão "todos diferentes uns dos outros", como um máximo de nove andares, como salientou  Custódio Correia, acrescentando que "todos eles têm comércio ao nível do piso 0", assim como estacionamento para todas as frações.

Na cerimónia de apresentação do projecto, o presidente da Ordem dos Economistas na Madeira, Paulo Pereira, garantiu que o mesmo terá um impacto económico que representará um "acréscimo de riqueza" para a Região até 2028 de 79,19 milhões de euros.

Paulo Pereira indicou, também, que o 'Dubai' terá um impacto de 108,5 milhões de euros em termos de carga fiscal, com a maior fatia (87,98 milhões) a ficar nas mãos do Governo, que representará "1,5% do total dos impostos" que o executivo madeirense irá receber.

Presente no evento que decorreu no Hotel Savoy Palace, o presidente do Governo Regional Miguel Albuquerque aproveitou a ocasião para anunciar a construção de uma "nova via de atravessamento horizontal da cidade do Funchal", no sentido "de garantir, quer aos residentes, quer aos novos residentes, uma boa mobilidade e qualidade de vida".

Trata-se de uma nova variante, em túnel, que "irá entrar onde está hoje o jardim do Amparo, terá uma variante que ligará o novo hospital do Funchal e com acesso à via rápida e, depois, a outra variante vai ligar a zona oeste à zona leste" da cidade.

Miguel Albuquerque estima apresentar o projecto em Fevereiro de 2023 e espera que as obras tenham início ainda durante esse ano.

O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Pedro Calado, afirmou que a zona oeste do concelho está a crescer, estando prevista a construção de 1.843 fogos nos próximos "cinco ou seis anos". O autarca garantiu estar "ao lado dos empresários" e manter os impostos no mínimo enquanto for presidente do executivo funchalense.