Madeira

130 milhões de euros para uma 'Madeira mais inovadora'

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O secretário regional das Finanças, Rogério Gouveia, avançou hoje, à margem da conferência 'Financial Instruments for Innovation - The Madeira Region Experience', que acontece no Colégio dos Jesuítas, que está reservado um pacote de 130 milhões de euros, do próximo quadro comunitário, para o financiamento de medidas para a inovação digital.

Estas medidas não se inserem apenas no quadro plurianual, referiu Rogério Gouveia.

Versa instrumentos financeiros de capital para financiar empresas de capital de risco, no sentido que as ideias, as startups e os modelos de negócio inovadores, não tenham uma perda de oportunidade só porque não têm capital para fomentar o negócio numa fase crítica, que normalmente é aquela inicial". Rogério Gouveia, secretário regional das Finanças.

Isto significa 17% da dotação global do quadro plurianual, sendo esta uma aposta "significativa que a Região vai fazer nos próximos sete anos nesta área em particular".

Se for realizada uma análise a nível do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), que é quem financia esta iniciativa, é um esforço de "27% de dotação do FEDER, 460 milhões de euros, o que já demostra per si a grande aposta que a Região vai fazer nesta área em particular do desenvolvimento, da diversificação, do desenvolvimento económico e do fomentar das ideias inovadoras com particular incidência na área das empresas tecnológicas", disse o secretário.

O objectivo não será apenas alavancar as empresas existentes no mercado. Na Região, as empresas tecnológicas têm "volumes concentrados nos 250 e os 300 milhões de euros, o que já é significativo", explicou Rogério Gouveia.

Não é só fomentar o crescimento e a inovação destas empresas que já existem, mas também poder acarinhar todas as ideias que possam surgir no ecossistema inovador das startups na Madeira" Rogério Gouveia, secretário regional das Finanças.

No que diz respeito ao Banco de Fomento, o secretário regional, refere que o Governo Regional tem estabelecido conversas, no sentido de estabelecer um protocolo que seja positivo para as características do tecido empresarial regional,

"Nós temos um tecido empresarial em que 96% são nano ou micro empresas e, portanto as ferramentas do Banco de Fomento, que têm vindo a ser pensadas, são pensadas para as economias de âmbito nacional e para as características de empresas de âmbito nacional o que torna" quase "impraticável" às empresas regional com reduzida dimensão acederem a essas ferramentas, concluiu sem revelar as datas para o protocolo.