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Explicador Madeira

Dicas para fintar a alergia

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Estamos, oficialmente, na Primavera. Época de dias mais longos, de mais calor, de flores, e… de alergias. Neste Explicador partilhamos algumas dicas para prevenir as alergias ao pólen.

O que é a alergia?

As alergias são uma resposta errada do nosso sistema imunológico, que identifica como inimigos substâncias banais no ambientes, os ditos alergénios. Quem tem alergias produz um anticorpo especial, a Imunoglobulina E, que usa contra os alergénios, ao ligar-se a células abundantes na pele e no revestimento do aparelho respiratório e do tubo digestiva, à espera do ‘ataque’.

Quando o anticorpo identifica os alergénios liberta substâncias químicas que provocam inflamação e, como consequência, sintomas de alergia. São várias as substâncias que o sistema pode identificar como alergénios, desde o pó ao leite, dos ovos aos pólenes, que, por esta altura, são quem mais aflição causa a quem tem alergia.

Sintomas da alergia ao pólen

Espirros, tosse, comichão. São os três indicadores mais comuns de uma alergia ao pólen, com a comichão a estender-se dos olhos ao nariz, a juntar-se à dificuldade em respirar, à garganta irritada, à pieira, ao nariz a pingar.

São vários os sintomas sentidos por quem é sensível ao pólen. Os minúsculos grãos de pólen provenientes de gramíneas (fenos), ervas daninhas e árvores que se encontram no ar, provocam desconforto aos alérgicos, que podem ser sensíveis a apenas um ou vários tipos de pólen.

Como evitar a alergia ao pólen

Tendo em conta que os pólens andam no ar de forma agravada entre o final de Março e Setembro, o ideal é, neste período, sobretudo nos dias mais quentes, húmidos e ventosos, limitar, tanto quanto possível, o tempo que é passado ao ar livre, particularmente durante a manhã, quando a contagem de pólen no ar é maior. Pelo contrário, dias de chuva são de aproveitar, pois limpam os alergénios da atmosfera.

Estratégias de prevenção

Há algumas medidas que podem ser adoptadas para prevenir a alergia ao pólen, como a utilização de óculos de sol para evitar o contacto das substâncias com os olhos; evitar estar próximo de plantas ou relva recém-cortada e evitar ter animais de estimação, que posam trazer pólen no pelo, dentro do quarto.

Não deve colocar roupa a secar ao ar livre e deve tomar duche antes de se ir deitar, bem como mudar de roupa logo que chegue a casa. Eleja produtos de limpeza naturais, evite ter flores dentro de casa, aspire o pó da casa com frequência, e mantenha as janelas fechadas tanto em casa, quanto no carro.

Ao planear viagens, dê preferência a altura do ano e destinos livres de pólenes. Opte, preferencialmente, por passar os tempos livres junto ao mar, evitando zonas arborizadas.

Boletim polínico

A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica disponibiliza, semanalmente, o boletim polínico regional. Para a semana entre 5 e 11 de Abril, prevê que “nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, o pólen presente na atmosfera é predominantemente das ervas gramíneas, urtiga e urticáceas (inclui parietária), das árvores plátano e cipreste e também do pinheiro, na Madeira”.

Soluções farmacológicas

Siga os conselhos do seu médico assistente especialista em imunoalergologia para a prevenção e o tratamento eficaz das alergias. O médico poderá aconselhar a tomar medicamentos antialérgicos antes de surgirem os pólenes, de forma preventiva, para evitar sintomas significativos.

Existem, também, vacinas antialérgicas eficazes, que podem fazer parte de um tratamento de base, individualizado, prolongado (pode durar vários meses ou anos) e eficaz. Cada vacina contém uma pequena quantidade do pólen a que o paciente é alérgico, permitindo que o seu organismo desenvolva defesas específicas contra esse pólen.