Madeira

Indústria do tabaco responsável por 1,33% do PIB dos Açores e Madeira

Estudo do ISCTE para a Tabaqueira revela papel das empresas da indústria do tabaco na economia portuguesa

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Foto Shutterstock

A indústria de tabaco foi responsável, nos Açores e Madeira, por um volume de negócios total de praticamente 124 milhões de euros, em 2021, o que corresponde a 1,33% do PIB das duas regiões autónomas. Esta é apenas uma das conclusões do estudo ‘O impacto social e económico da indústria de tabaco em Portugal’, realizado pelo ISCTE Executive Education, a pedido da Tabaqueira. Os resultados foram apresentados esta manhã, numa conferência denominada ‘Investir em Portugal: Transformação, Inovação e Competitividade’.

O estudo do ISCTE para a Tabaqueira indica o sector industrial do tabaco com “uma pegada económica muito relevante, gerador de emprego e valor, que contribui de forma muito positiva para a balança comercial portuguesa e impacta muitos milhares de pessoas e de agentes do tecido empresarial português”.

Actualmente, esta indústria em Portugal está representada por três grupos económicos, nomeadamente a Fábrica de Tabaco Micaelense; a Empresa Madeirense de Tabacos; e a Tabaqueira, subsidiária portuguesa da Philip Morris International.

Olhando para a dimensão social da indústria, fica patente que é nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira que se verifica uma maior proporção da população activa impactada pela actividade gerada pela indústria. Este parâmetro é constituído pelo número de trabalhadores de toda a cadeia de valor juntamente com o agregado familiar dos trabalhadores impactados directamente. No caso da Empresa de Tabacos Madeirense, que conta com uma unidade produtiva no concelho de Machico e outra em Ponta Delgada, nos Açores, apresenta um negócio de distribuição nas duas regiões autónomas, impactando um universo total de 3.595 pessoas.

Já a Fábrica de Tabaco Micaelense impacta um universo total de 3.422 pessoas, tanto nos Açores, onde está instalada a sua unidade produtiva, como na Madeira, onde tem presença através de uma operação de distribuição.

Durante o ano de 2021, a operação e comercialização dos três grupos empresariais gerou receitas para o Estado de aproximadamente 1,2 mil milhões de euros, o que significa cerca de 3,3 milhões por dia.

“Actualmente, os três grupos empresariais que constituem esta indústria dinamizam uma actividade económica assente numa longa cadeia de valor, com muitos milhares de outros agentes económicos, e que, apesar de pouco conhecida, é um dos pilares da indústria portuguesa. Basta lembrar que, em 2020, em plena pandemia, o fabrico de cigarros foi uma das duas únicas actividades industriais (com a fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas) a contribuir de forma positiva para as vendas da indústria nacional”, referiu José Crespo de Carvalho, Presidente da Comissão Executiva do Iscte Executive Education.

Leia mais sobre este estudo na edição impressa de amanhã do DIÁRIO