País

Abdul mata após alegada recusa de documento para viajar com os filhos

Foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA
Foto ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Um telefonema estará na origem do surto psicótico que levou refugiado afegão Abdul Bashir a cometer acto tresloucado no Centro Ismaelita, em Lisboa, onde matou duas mulheres. O homicida estaria apaixonado pela mais nova das vítimas, segundo avança o JN.

"Abdul Bashir já andaria deprimido e, na véspera de viajar para a Suíça com os três filhos menores, recebeu por telefone a nega de um documento oficial sem o qual não podia ir para Zurique", conta o jornal. "Terá sido esta notícia que levou o refugiado afegão a matar duas mulheres e a esfaquear também um professor, que sobreviveu, no Centro Ismaelita de Lisboa", explica.

"É uma das mais credíveis linhas de investigação que ajuda a explicar o acto cometido pelo refugiado afegão, de 34 anos", reforça. "O telefonema que recebeu informou-o que não poderia viajar, apesar de já ter tudo planeado para ir para a Zurique. Dali, poderia querer chegar à Alemanha, onde já tinha estado, mas de onde foi mandado de volta para Lisboa, por ter sido Portugal a conceder-lhe o estatuto de refugiado", diz ainda.

Ainda de acordo com a CNN, citando a TVI, "o afegão com estatuto de refugiado abandonou a sala de aula e atacou as duas vítimas num espaço contíguo, dentro do centro. Também o professor de Português foi atacado, tendo sobrevivido com ferimentos, e uma outra mulher foi perseguida mas conseguiu barricar-se num espaço fechado até à chegada da PSP, que travou o agressor a tiro".

É nesta "conjugação destes fatores" que "leva a Polícia Judiciária a rejeitar quase a 100% a teoria de terrorismo, embora a investigação prossiga - com a inquirição de mais testemunhas, interrogatório ao suspeito e perícias ao telemóvel do mesmo", refere.