A notícia foi publicada pelo SAPO. Do seguinte teor: “Seca: Governo garante água para consumo humano nos próximos dois anos.”

Como está sucedendo comigo, bastante gente terá ficado extremamente preocupada com a perspectiva de nos próximos dois anos não haver água para consumo doméstico.

Pela minha parte confesso a sentida muita inquietação face a tão nefasta informação dada a público.

Isto porque a pior coisa que agora poderia suceder era o governo vir proclamar tão ameaçadora “garantia”.

Todos os portugueses, que não se limitam a ver passar os comboios da propaganda governamental, sabem que um qualquer governo português quando “garante” qualquer coisa é certo que a nação tem garantida a desgraça e o enorme prejuízo (Neste século, só houve uma excepção: a “garantia” de Pedro Passos Coelho de que iria governar no sentido de decretar a mais extensiva, perversa, austeridade e, ainda, muito empobrecer os portugueses – e assim procedeu com ardor, entusiasmo e perseverança).

Nesta altura de tragédia pandémica e de elevadas temperaturas atmosféricas, só mesmo nos faltava esta absurda, ilusória, inconsequente, irresponsável, “garantia” do governo.

Afinal, lamentavelmente, o governo agindo no pressuposto de a maioria dos portugueses, para além de uns tantos detentores de peculiares analfabetismos primário, cultural e funcional, serem idiotas e mentecaptos; facilmente receptivos às patranhas que lhes queiram impingir. Ou seja: no caso aqui focado, foi praticada mais uma ofensa à inteligência dos portugueses de mente sã.

Manifesto meu veemente protesto!

Brasilino Godinho