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Biden reteve e divulgou intencionalmente documentos classificados no pós-Obama

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O presidente dos EUA, Joe Biden, reteve e divulgou "intencionalmente" documentos classificados quando era um cidadão sem cargos públicos, informou hoje o Departamento de Justiça, que acrescentou que isto não motiva acusações contra ele ou terceiros.

O relatório do procurador especial Robert Hur, divulgado hoje, constitui uma avaliação severa da forma como Biden geriu informação governamental sensível, sobre assuntos militares e política externa relativa ao Afeganistão e outros assuntos sensíveis de segurança nacional.

"A nossa investigação apurou que o presidente Biden reteve e revelou intencionalmente materiais classificados, depois da sua vice-presidência, quando se tornou um cidadão comum", escreveu Hurr.

Entre a documentação encontrada pelos investigadores estão materiais sobre o Afeganistão, que provam a sua oposição à decisão do presidente Barcak Obama, de quem Biden era vice-presidente, de enviar mais tropas para o país.

Uma carta escrita à mão que dirigiu a Obama a este propósito é um dos materiais encontrados.

"Estes materiais sustentam a posição de Biden quando os considerou como relacionados com as mais importantes decisões que tomou enquanto vice-presidente", detalhou-se no relatório.

No Departamento de Justiça há precedentes de acusações criminais contra indivíduos por terem partilhado informação classificada com biógrafos ou autores dos seus discursos, como o general David Petraeus, que de resto se declarou culpado em 2015 e foi condenado a pena suspensa.

Os advogados da Casa Branca e o próprio advogado de Joe Biden tiveram a oportunidade de ver e comentar o documento. Biden decidiu não exercer qualquer prerrogativa presidencial Sor qualquer parte do relatório, disse um dos porta-vozes da Presidência, Ian Sams.