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BE ataca PAN por apoiar PSD na Madeira e Inês Sousa Real diz que quis travar populismos

Imagem CNN
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A coordenadora do BE acusou hoje o PAN de ser um partido político pouco confiável por ter apoiado um Governo PSD/CDS-PP na Madeira, com a porta-voz do PAN a alegar que o que pretendeu foi travar a ascensão dos populismos.

Num debate cordial na CNN no âmbito das eleições legislativas de 10 de março, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, disse ser complicado compreender como é que o PAN apoiou "o pior governo que o PSD tem para apresentar que é o Governo da Madeira".

A bloquista insistiu no facto do PAN ter sustentado um Governo madeirense que se caracteriza pela "especulação, construção, destruição ambiental e por projetos imobiliários que não fazem qualquer sentido como o Dubai Madeira [empreendimento habitacional de luxo que vai nascer na zona oeste do Funchal]".

Além da Madeira, Mariana Mortágua criticou ainda o PAN por ter viabilizado, ao lado do Chega e do PPM, o Orçamento dos Açores para 2023.

O Orçamento dos Açores para 2023 foi aprovado a 24 de novembro de 2022 em votação final global com 30 votos a favor de PSD, CDS-PP, PPM, IL, Chega, deputado independente (ex-Chega) e PAN e 27 contra, do PS e do BE.

"Não há qualquer coerência, nem uma possibilidade de confiança por parte das pessoas no PAN que tanto apoia um Governo, como apoia outro, e governos da pior direita que temos", ressalvou.

Na resposta, a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, justificou esse apoio com o facto de ter de ser desígnio de todas as forças políticas democráticas travar a extrema-direita e não permitir que ascenda ao poder.

"Este foi o exercício que o PAN demonstrou que a população não tem de estar refém nem de maiorias absolutas, nem do medo do voto em função do que possa ser o crescimento da extrema-direita", sublinhou.

Inês Sousa Real vincou que o PAN foi o partido da oposição que mais tem feito aprovar medidas, ao contrário do BE que foi quem abriu a porta à atual instabilidade política quando, em 2021, não permitiu que o Orçamento de Estado fosse discutido na Assembleia da República.

O PAN tem conseguido avanços de causas e compromisso sem renunciar aos seus valores, reforçou.