Madeira

Madeira ganha nova base operacional para mapear o seu mar

Foto Rui Silva/Aspress Ver Galeria
Foto Rui Silva/Aspress

As novas instalações do Observatório Oceânico da Madeira (OOM), inauguradas esta tarde na zona do varadouro de São Lázaro, Funchal, servem de base operacional para a recolha de dados e informações que vão permitir um melhor conhecimento do mar do arquipélago, designadamente através de veículos submarinos não tripulados e drones aéreos orientados para a área marítima. A ideia, segundo avançou o director da instituição, Rui Caldeira, passa por “garantir a permanência no mar em cerca de 120 a 150 dias por ano” e “mapear os recursos e possibilitar depois a gestão sustentável” dos mesmos.

Presente na inauguração, o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, deu os parabéns ao presidente do Governo Regional e a todos os responsáveis pela montagem do novo centro operacional, que definiu como “um bom exemplo daquilo que se deve fazer em todo o país, que é congregar esforços, rentabilizar financiamentos e, acima de tudo, ter uma visão de futuro”. “O sector do mar é um espaço transversal, de cooperação e de concertação interinstitucional. Vemos aqui as universidades, os portos, as empresas privadas, as administrações envolvidas aos diversos níveis. É este o futuro”, declarou o governante nacional.

Já o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, agradeceu a disponibilidade para um trabalho conjunto e referiu que a base operacional do OOM “representa a concretização de uma estratégia para o mar que está delineada pelo Estado Português e pelos governos de Portugal e da Madeira”. O chefe do executivo lembrou que, no passado, o nosso país emancipou-se quando se lançou ao mar e defendeu que hoje, outra vez, “Portugal e a Madeira têm esse novo desafio pela frente, que é aproveitar a grande vantagem de sermos um país com uma vasta plataforma marítima”. A este propósito, disse que é preciso investir nos sectores do mar e das ciências dos oceanos onde temos vantagem competitiva e novas gerações qualificadas. Em seu entender, este é também um desafio com uma componente ética e que “passa por legar um mundo melhor do que aquele que recebemos, mais próspero, menos poluído e com melhor qualidade de vida”.