Madeira

Pescadores madeirenses impedidos de pescar atum patudo

O limite da quota de atum patudo foi atingido ontem, obrigado mais de duas dezenas de embarcações e mais de 400 pescadores a ficar em terra. Armadores estão apreensivos e dizem que três meses de safra não são suficientes para manter as empresas a funcionar

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Foto Arquivo

O limite da quota de atum patudo já foi atingido, com a informação a ter sido comunicada aos armadores portugueses, incluindo os madeirenses, no dia de ontem. Num ofício da Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DRGM), os pescadores ficaram informados a captura desta espécie de atum deixava de ser permitida a partir das 00 horas de hoje, tendo as embarcações descarregar o peixe já capturado até às 23h59 de amanhã, dia 13 de Junho.

Esta situação, que já era previsível, deixou os armadores e pescadores madeirenses numa situação difícil. Isso mesmo dá conta, ao DIÁRIO, Jacinto Silva.

O presidente da Coopescamadeira - Cooperativa de Pesca do Arquipélago da Madeira, embora assuma que os armadores não foram apanhados desprevenidos, porque já sabiam que esse limite estava próximo, não deixa de mostrar apreensão quanto ao futuro e à sobrevivência das empresas.

A situação torna-se mais complicada porque, este ano, foi muito pescado muito pouco atum voador, já que a passagem desta espécie pelos mares da Região sofreu uma quebra.

Também a pesca do gaiado, que permitia contrabalançar as despesas, está agora mais limitada, devido ao aumento da reserva natural nas Ilhas Selvagens, passando a captura a estar agora proibida dentro das 12 milhas náuticas daquele arquipélago.

E para agravar ainda mais o problema, temos o preço do combustível, situação que torna insustentável sair para o mar.