O Jornal de Negócios (JN) na rubrica “Elevador” de 2021-04-23 pôs Rui Rio a “descer” por o PSD pretender que Fernando Medina (FM) presidente da C.M. Lisboa cesse a função como comentador na TVI e mete ao barulho Rui Moreira (RM) presidente da C.M. Porto e ainda Suzana Garcia (SG) candidata do PSD à C.M. Amadora nas próximas autárquicas. O JN não faz destrinça quanto ao desempenho ou não pelos visados de um cargo governativo. Somos um país democrático e cada um pode e deve expressar livremente as suas opiniões. Não são FM, RM e SG que merecem ser criticados por aproveitarem o espaço televisivo posto à sua disposição para expressar as suas ideias político-partidárias, defender e cimentar as suas ambições políticas imediatas ou futuras, semanas, meses e anos a fio configurando uma autêntica pré-campanha eleitoral. Quem deveria merecer reparos são as estações de TV que lhes proporcionam essa popularidade extra, reforçando o mediatismo que decorre do exercício dos respetivos cargos públicos como presidentes das 2 maiores autarquias do País. Colocar SG no mesmo pé de igualdade é manifestamente exagerado até porque a mesma enquanto comentadora não exercia qualquer cargo público. Já agora porque não convidar o Primeiro Ministro ou os ministros para comentadores televisivos? Seria um excelente reforço político às respetivas entrevistas aos diversos órgãos de comunicação. A “colaboração” dos media com quem exerce cargos governativos deveria cingir-e muito mais a dar-lhes oportunidade de explicar aos portugueses as promessas por cumprir no desempenho dos cargos para que foram eleitos e nunca fazer deles comentadores/as políticos/s em permanente “campanha eleitoral”. Outro aspeto é o tempo de antena durante anos a fio usufruído por alguns políticos comentadores/as conferindo-lhes uma vantagem mediática inquestionável em futuras candidaturas eleitorais. O assunto é tão “sério” que os media deveriam tê-lo na devida conta e apostar em novos protagonistas.

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