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Itália soma quase 25 mil casos no dia em que lembrou vítimas da pandemia

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A Itália registou 24.935 novos contágios pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, foi hoje divulgado, no dia em que o país lembrou as vítimas de covid-19 numa cerimónia em Bérgamo (norte), uma das zonas mais afetadas pela pandemia.

Com o registo destes novos contágios pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2) nas últimas 24 horas, o país totaliza, até à data, 3.306.711 casos de pessoas que ficaram infetadas, de acordo com o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.

Os quase 25 mil novos casos registados nas últimas 24 horas representam um aumento de 1.876 novos infetados em relação aos indicadores do dia anterior.

Já o número de testes de diagnóstico realizados no país nas últimas 24 horas diminuiu: dos 369.084 verificados na véspera para os 353.737 registados no último dia.

Com a contabilização de 423 novos óbitos (um decréscimo em relação aos últimos dois dias), o número total de mortes recenseadas no território italiano desde o início da crise pandémica, em fevereiro de 2020, situa-se agora nos 103.855, de acordo com a mesma fonte.

No que diz respeito aos recuperados, o país regista um total de 2.655.346, um aumento de 15.976 recuperações face ao dia anterior.

Existem 547.510 casos positivos de covid-19 que estão atualmente ativos em Itália, um aumento de 8.502 casos em relação a quarta-feira, indicador que influencia a pressão exercida sobre os hospitais italianos, pressão essa que tem vindo a aumentar nas últimas semanas.

Dos casos positivos atualmente ativos em Itália (a grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos), 30.027 são pessoas que estão hospitalizadas (mais 193 em relação à véspera), existindo 3.333 doentes em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 16 pacientes em comparação aos indicadores de quarta-feira.

A campanha de vacinação em Itália prossegue e já foram administradas 7.204.358 doses em todo o país.

Destas pessoas, 2.225.652 já receberam as duas tomas da vacina contra a covid-19.

Como ocorreu em outros países europeus, nomeadamente em Portugal, Itália também suspendeu, como medida de precaução, a administração da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca/Oxford.

Hoje à tarde, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) assegurou que a vacina AstraZeneca/Oxford "é segura e eficaz", não estando também associada aos casos de coágulos sanguíneos detetados, que levaram à suspensão do seu uso.

Pouco tempo depois da divulgação da avaliação do regulador europeu, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, anunciava que Itália vai recomeçar a administrar a vacina do laboratório anglo-sueco na sexta-feira.

"O governo italiano acolhe com satisfação as declarações da EMA. A administração da vacina AstraZeneca será retomada amanhã [sexta-feira]", disse Draghi, num comunicado.

Mario Draghi esteve hoje em Bérgamo, na região da Lombardia, para assinalar o Dia Nacional das Vítimas de Covid-19, que o país decidiu marcar para hoje, dia 18 de março.

Também hoje a ministra dos Assuntos Regionais, Mariastella Gelmini, anunciou que o executivo italiano quer que as farmácias comecem a administrar vacinas, de forma a acelerar o processo de imunização da população.

"Devemos multiplicar os pontos de vacinação. Por isso, envolver os farmacêuticos irá representar um passo fundamental. O governo já está a trabalhar para introduzir novidades importantes num decreto", escreveu a ministra na rede social Twitter, numa referência a uma deliberação, que será possivelmente aprovada na sexta-feira, que prevê ajudas de 32.000 milhões de euros no âmbito da pandemia e poderá incluir a disposição sobre as farmácias.

Perante o aumento de casos e para travar os contágios, a Itália decretou na semana passada um reforço das medidas restritivas no país até pelo menos 06 de abril.

A pandemia da doença covid-19 provocou pelo menos 2.682.032 mortos no mundo, resultantes de mais de 121,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus (SARS-Cov-2) detetado em dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.