Madeira

Passar das marcas

None

Boa noite!

Provavelmente o Pingo Doce foi a marca portuguesa mais falada do dia. Tudo porque bem cedo decidiu antecipar a abertura das lojas para as 6h30, o que deu polémica, ameaças e até uma intervenção do governo.

Estava criado o ‘buzz’ que o Pingo Doce tanto aprecia e que voltou a gerar, porventura com intuitos comerciais, embora com boas intenções: “Evitar a concentração de clientes no período da manhã, facilitando o desfasamento das visitas numa altura em que a situação epidemiológica no país aconselha toda a prudência".

Com o ruído gerado, a meio da tarde, ainda António Costa não tinha ordenado que antes das 8h ninguém abre portas, a marca do grupo Jerónimo Martins recua na medida madrugadora devido às “múltiplas interpretações, também de implicação política, que têm vindo a ser feitas e veiculadas ao longo das últimas horas e ao nível da discussão pública gerada".

Esta não é a primeira vez que a estratégia comercial desta rede de supermercados gera controvérsia. Também houve barulho quando fez a campanha de descontos de 50% para todos os clientes que adquirissem mais de 100 euros em compras no Dia do Trabalhador, a 1 de Maio, de 2012 e mau grado os reparos de então a procura não foi minimamente abalada.

O tempo dirá se o Pingo Doce foi lesado por passar momentaneamente das marcas. O certo é que, para já, à conta da “criatividade quanto a horários” levou o primeiro-ministro a assumir algo que não é muito comum em política: “A culpa é toda minha. O mensageiro transmitiu mal a mensagem”, referiu esta noite António Costa, admitindo que houve “equívocos” e “interpretação defeituosa” sobre as medidas destinadas a travar o avanço da covid-19 em Portugal. E porque assim foi também recuou, eliminando quase todas as excepções à regra que manda ficar em casa.

Fechar Menu