O fim da “macacada”

O Nacional bateu no fundo. Uma teimosia absolutista tem urgência em acabar com a SAD e o Clube. A Assembleia Geral de 2.ª feira é a evidência de quem perdeu o controlo da massa associativa e a todos ofende. Uns quantos sentados ao lado do ainda chefe mostram a fragilidade humana, a deficiência de carácter ou o que podem perder se der para o torto.

É preciso sobreviver. Se o barco afundar haverá muito prejuízo. O que se passou na Assembleia Geral até envergonha o menos correcto dirigismo desportivo. Uma proposta, ilegalmente apresentada na reunião, é posta à votação com total desprezo pelo ponto único da convocatória. O voto secreto requerido à Mesa é desprezado. A contagem é hilariante e, nos tribunais, derrotará a esperteza saloia do medo da derrota. O Nacional está a fechar um ciclo do qual se arrependerá por várias gerações. O mal feito é, ainda, de difícil avaliação. É preciso encontrar quem, entre os sócios, com credibilidade e autonomia pessoal, inicie uma liderança civilizada, séria, inteligente, correcta, moderna, instruída, educada e bem formada que leve o Nacional para o seu patamar natural. E qual é? O de ser um Clube de adeptos que o amam e que terá sempre mais do que espera. Sonhando em voltar ao Funchal, de onde nunca devia ter saído, e liderar a sociedade madeirense. Ser o que sempre foi, com excepção dos últimos vinte anos.

Isto não é o princípio do fim. É o fim de alguns que ainda não deram com a porta de saída. Evitar uns tantos sócios, que certamente não cá estariam na semana da Páscoa, foi decisivo. Para mal do Nacional. Mas ninguém julga que uma SAD poderá ser vendida por um voto numa proposta ilegalmente posta à votação. Faltou o meu voto contra. Entre muitos outros. Foi pena, não o ter a pedir a demissão. Será que convoca Assembleia para voto de confiança?

Miguel de Sousa