Madeira

Funchal reduz perdas de água em 8%

Autarquia destaca que em 2022 "comprou menos água, poupou mais e vendeu mais"

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O projecto de Controlo e Monitorização de fugas de água e renovação das redes de abastecimento de água, implementado pela Câmara Municipal do Funchal, num investimento superior a 11 milhões de euros, está "a dar resultados visíveis, através da diminuição do volume de água comprada à Águas e Resíduos da Madeira (ARM)", revela a autarquia. 

Em nota emitida, o presidente da Câmara Municipal do Funchal refere que as perdas de água no Concelho foram reduzidas em 8% em dois anos, passando de 69% para 61%, e lembra que em 2020 o Funchal apresentava a maior percentagem de perdas a nível nacional.

Pedro Calado refere que o investimento que está a ser feito no combate às fugas de água fez com que a autarquia, em 2022, comprasse menos 440 mil metros cúbicos de água, o equivalente a 176 piscinas olímpicas, levando a uma poupança superior a 1 milhão de euros, no espaço de 1 ano.  

O objectivo, aponta o autarca, é que até 2025, as perdas de água no Funchal não ultrapassem os 55%. “É um plano ambicioso, mas estamos a trabalhar para atingir esse objectivo”, garante.

Em 2022, o volume de água vendida aumentou 8,8 % relativamente a 2021, revela a autarquia, justificando com "a grande retoma económica, o maior número de consumidores, mais turistas, mais gente a consumir água" e, por outro lado, com "os investimentos que estão a ser feitos pelo Departamento de Águas da autarquia do Funchal". 

Em termos financeiros, a autarquia passou o valor da facturação de 18,6 para 21,5 milhões de euros. O presidente da Câmara Municipal do Funchal aponta que o aumento da facturação em 2022 não se deve à actualização do preço da água dado que o aumento aprovado foi residual (0,52%) em linha com o índice de preços ao consumidor (IPC), sendo um aumento que decorre da lei.

“Poupamos mais água, reduzindo as perdas; compramos menos água à ARM; vendemos mais água ao maior numero de consumidores, unidades comerciais e turismo”, remata Pedro Calado.