Madeira

André Ventura: ‘Eu defendia a castração química até para o meu pai, se ele fosse abusador sexual de menores’

Líder nacional do Chega dá hoje uma entrevista , que deve de ler na edição impressa do DIÁRIO

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O presidente nacional do Chega garante ser coerente nas posições que assume, em várias áreas, e, no caso particular, na defesa da castração química para os abusadores sexuais. “Eu defendia a castração química até para o meu pai, se ele fosse abusador sexual de menores.”

A garantia foi dada ao DIÁRIO, em entrevista, que hoje é publicada na edição impressa.

Vejamos, na íntegra, essa parte da entrevista, em que a afirmação é contextualizada.

De alguma forma disse que os políticos fazem declarações de conveniência. As convicções que faz sobre igreja, forças de segurança... é por convicção ou para tentar ir buscar esse eleitorado?  

Se olhar para a história do Chega, há dois assuntos que, desde a fundação do Chega, são pilares essenciais.

Já se lhes referiu como o ADN do partido.

“E nós sempre falámos da questão da pedofilia e do combate aos abusos sexuais menores, da castração química de pedófilos. Sempre falámos sobre forças de segurança e dos seus direitos, aliás, provavelmente, eu não teria sido eleito, na primeira vez, se não fosse o grande apoio que tivemos junto das forças de segurança. E a justiça e a reforma da justiça, em que temos tocado muito. Portanto, dizer que é conveniência, quando tem há quatro ou cinco anos, quando o contexto é de um lado, quando é do outro, tocado nestes assuntos, eu acho que é um pouco injusto. Isto é o nosso ADN, não é?

Num lado e no outro, mas sempre na oposição e a crescer.

Certo, mas não deixámos. Eu dou-lhe o exemplo dos abusos sexuais da igreja. Quando tocou à igreja e é sabido que eu sou católico e que talvez uma grande maioria dos militantes do Chega é católica, o que nós dissemos foi: apliquem-se as mesmas regras. Castração química. Não andámos a vacilar. Aí é que começava falta de convicção.

O facto de o seu director espiritual ter sido implicado não o faz rever a sua posição?

Não. É isto que defendemos e eu defenderia o mesmo para o meu pai, para o meu irmão, para qualquer um. Eu defendia a que a castração química até para o meu pai, se ele fosse abusador sexual de menores.

Na entrevista ao DIÁRIO, que deve ler na edição impressa de hoje, André Ventura fala do partido na Madeira, dos objectivos concretos para as eleições regionais deste ano e da aposta financeira, de comunicação e de presença do líder nacional, que o chega está a fazer na Região.