A Guerra Mundo

Moscovo emite ordem de prisão do líder do Corpo de Voluntários Russos

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Foto Sputnik/Sergei Fadeichev/Pool via REUTERS

O Ministério do Interior russo emitiu um mandado de prisão do fundador do Corpo de Voluntários Russos, organização paramilitar acusada por Moscovo de conivência com as Forças Armadas de Kiev.

O líder da organização, apontado pela imprensa da Europa ocidental como "neonazi", é acusado pelo Ministério do Interior de ações armadas em territórios da Rússia e de um ataque contra o milionário russo Konstantin Malofeev.

O grupo armado Corpo de Voluntários russos é apontado como integrante da Legião Internacional da Ucrânia, foi criado em agosto de 2022, e é alegadamente composto por exilados russos de extrema direita que combatem ao lado dos ucranianos desde a primeira invasão da Rússia, em 2014, no leste do país. 

A indicação sobre o mandado de busca e captura foi publicada hoje no portal do Ministério do Interior da Rússia indicando que Denis Kapustin, 37 anos, conhecido como "Denis Nikitin" é responsável por várias ações armadas, tentativa de assassinato e atos de sabotagem em território russo.

Além do fundador da organização paramilitar, foi emitida a mesma ordem contra Kiril Kanajin, que juntamente com Malofeev também é suspeito de ataques contra a região russa de Briansk. 

A organização Corpo de Voluntários Russos, que se descreve como uma formação de voluntários da Rússia que, segundo as autoridades de Moscovo, "faz parte" das Forças Armadas da Ucrânia.

Kiev não confirma o envolvimento com os paramilitares do grupo armado Corpo de Voluntários Russos. 

De acordo com os serviços de informações da Rússia (FSB), o grupo paramilitar atacou no princípio do mês de março a região russa de Briansk, junto à fronteira com a Ucrânia. 

Segundo a acusação, Kapustin organizou pessoalmente a ação armada provocando dois mortos e ferimentos num menor de idade.

Além do suposto ataque a Briansk, a Rússia atribui ao Corpo de Voluntários da Rússia a tentativa de assassinato do milionário russo Konstantin Malofeev, administrador do grupo de comunicação social Tsargrad.

Os mesmos paramilitares são também acusados de um alegado ato de sabotagem "com explosivos" contra uma empresa petroquímica na região russa de Volgogrado.  

Malofeev, milionário próximo do Kremlin, é acusado por Kiev de financiar movimentos pró-russos no leste da Ucrânia desde 2014, ano em que foi alvo de sanções da União Europeia.