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Polícia mantém alerta máximo na África do Sul após protestos da oposição

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FOTO EPA/KIM LUDBROOK

Pelo menos 550 pessoas foram detidas na África do Sul durante os protestos de segunda-feira do partido Combatentes da Liberdade Económica (EFF, na sigla inglesa), de esquerda radical, anunciou a Polícia Sul-Africana (SAPS), afirmando que mantém os efetivos em alerta máximo.

"O Natjoints [Estrutura Nacional Conjunta Operacional e de Inteligência] prendeu às 22:00 de 20 de março de 2023 mais de 550 manifestantes por violência pública, intimidação, danos a infraestrutura críticas, roubo e tentativa de saque, entre outros", referiu em comunicado a autoridade de segurança sul-africana.

A polícia sul-africana adiantou que o maior número de detenções (149) ocorreu na província de Gauteng, onde se situa Joanesburgo e Pretória, a capital do país.

"O Cabo Setentrional registou o segundo maior número com 95 detenções, no Cabo Oriental foram detidos 80 manifestantes, seguido de no Estado Livre com 64 detenções", salientou.

O número de pneus apreendidos em todo o país ascendeu a 24 300, que foram "colocados estrategicamente para atos criminosos", segundo as autoridades de segurança sul-africanas.

De acordo com a polícia sul-africana, os efetivos militares, da polícia, em conjunto com as empresas de segurança privada no país, continuam em "alerta máximo" hoje, feriado nacional, data em que a África do Sul assinala como Dia dos Direitos Humanos o massacre de 69 manifestantes em 1960 pela polícia do regime de "apartheid", em Sharpeville, sul da província de Gauteng.

"Os nossos efetivos permanecem no terreno, a implementar uma abordagem multidisciplinar através de operações conjuntas e integradas", referiu à imprensa a porta-voz da polícia Athlenda Mathe.