Madeira

Gouveia e Melo contradiz-se em relação a eventual perdão ou não dos insubordinados

Aos militares declarou que não havia perdão, aos jornalistas negou que o tenha afirmado

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Foto Miguel Espada/ASPRESS

Dentro no NRP Mondego, ‘olhos nos olhos’ da guarnição, onde estavam os 13 militares envolvidos na insubordinação, o Chefe do Estado-maior da Marinha e Autoridade Marítima Nacional, Henrique Gouveia e Melo declarou que a Marinha não podia perdoar actos de indisciplina. Poucos minutos depois, ao abandonar o navio, alegou que não dissera que não perdoava, mas antes, que não esquecia.

Depois de ter estado cerca de meia hora reunido com a hierarquia de comando do navio NRP Mondego, no próprio navio, Henrique Gouveia e Melo dirigiu-se a todos os militares presentes, com destaque para a guarnição em formatura diante do Chefe do Estado-maior da Marinha, onde a terminar a intervenção (escrita), lamentou profundamente o acto praticado e afirmou, com todas as letras, que “a Marinha não pode esquecer, ignorar ou perdoar actos de indisciplina”.

Pouco depois, quando ‘regressava’ a terra, assim que abandonou o navio, Gouveia e Melo começou por ser confrontado sobre as razões de ter deixado claro que não haveria perdão para os 13 militares insubordinados. Surpreendentemente, deu o dito por não dito, ao alegar: “Eu não disse que não perdoava. Eu disse que não esquecia e que este acto vai ficar registado na nossa história, porque um acto de insubordinação nas forças armadas é um acto com uma gravidade muito grande e nós não os podemos ignorar”, argumentou. Dito isto, reforçou que “a disciplina nas forças armadas é a essência das forças armadas. A hierarquia existe porque há necessidade de uma disciplina, não é o contrário”, sustentou.