Madeira

Gouveia e Melo vem à Madeira inteirar-se do caso de insubordinação na Marinha

Chefe do estado-maior da Armada desloca-se amanhã à Região para reunir-se com a hierarquia de comando, após bronca a bordo do NRP Mondego

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O Chefe do Estado-maior da Marinha e Autoridade Marítima Nacional, Henrique Gouveia e Melo, desloca-se amanhã, quinta-feira, à Madeira, para encontros com a hierarquia de comando do navio NRP Mondego, na sequência do caso de insubordinação de 13 militares da guarnição do meio naval responsável pelo patrulhamento marítimo do arquipélago da Madeira.

A informação está a ser avançada por vários órgãos de comunicação social entre os quais o CM, que refere que Gouveia e Melo já não deverá encontrar os 13 sargentos e praças que, sábado à noite, se recusaram a largar numa missão de acompanhamento de um navio russo, alegando falta de segurança devido a várias avarias no ‘Mondego’. Estes militares poderão ser rendidos ainda esta quarta-feira por outros que deverão chegar à Madeira num avião militar.

Conforme o DIÁRIO noticiou na edição desta quarta-feira, a Marinha deixou escapar um polémico navio russo que atravessou as águas territoriais portuguesas, na Zona Económica Exclusiva da Madeira, no sábado passado, sem o devido acompanhamento e escolta da autoridade marítima nacional. Trata-se de uma embarcação científica suspeita de estar a preparar a exploração de minerais na Antárctida e já tinha sido seguida em águas nacionais. 

Entretanto, a Polícia Judiciária Militar abriu um inquérito para investigar o caso de insubordinação de 13 militares do 'NRP Mondego' que se recusaram a sair para aquela missão, alegando que aquele navio, hoje com 31 anos (adquirido pelo Estado Português à Marinha Real dinamarquesa em 2016), tinha anomalias que representavam uma “grave risco” para a tripulação.

Segundo o que foi divulgado pela Marinha, existia um problema no motor e outro num gerador de energia eléctrica. Além disso, havia a indicação de que o navio não tinha um sistema de esgoto adequado para armazenar resíduos oleosos a bordo, ficando estes acumulados nos porões, aumentando o risco de incêndio.

Sucesso empresarial não se deve a “bónus” ou ao “poder político”

Sucesso empresarial não se deve a “bónus” ou ao “poder político”. Esta é a manchete do DIÁRIO desta quarta-feira. Presidente do Governo Regional entregou ontem as respostas às 151 questões do PS e PCP na Comissão de Inquérito. Albuquerque elogia o “trabalho árduo” dos grupos bem-sucedidos da Região, nega pressões dos privados e contextualiza as obras necessárias.

Confrontado com a polémica na Marinha, o chefe do Estado-Maior da Armada afirmou que "não há Forças Armadas, em nenhum país, sem disciplina", lembrando que há uma hierarquia de comando que deve e tem de ser respeitada.

“Quem decide é a hierarquia da Marinha. É o comandante do navio o último responsável e esse não nos disse que o navio estava em risco de cumprir a missão”, revelou Gouveia e Melo aos jornalistas, salientando que “há uma hierarquia de pessoas estruturadas e preparadas para exercer as suas funções (…) e essa hierarquia não pode ser substituída por um grupo da guarnição que começa a decidir se faz ou não as missões” Gouveia e Melo