O medo da “malta”

“Esta malta que sobrevive à conta da corrupção … oculta no anonimato também está com medo!”. Se está “oculta no anonimato” como saber quem é e se é corrupta? Nesse caso a “malta” deveria de ter “medo” de processos de intenções e perseguições pidescas? “Acham que com a intimidação e a utilização de calúnias …”. Que calúnias? As saudações fascistas do líder do chega (LC), a sua predileção por políticos e governantes de cariz autocrático recorrendo inclusive a citações dos mesmos? As afirmações de cariz xenófobo e racista como as proferidas contra ciganos e imigrantes? “A seriedade, a dignidade, a justiça”. Como? Dando azo ao “populismo penal” à boleia do impacto mediático dos processos judiciais em investigação ou em julgamento para tentar fazer crer que os únicos portugueses que se preocupam e pugnam pela Justiça são os “cidadãos comuns do Chega”? “Restauração da democracia, resgatar a liberdade…” foi o desígnio cumprido em 25 de Abril de 1974 e que pouco ou nada terá a ver com os “cidadãos comuns do Chega” que são os primeiros a vilipendiar a democracia e o regime democrático. Com tantas contradições no que escreve e diz o LC como levá-lo a sério? “Não gosto de ser moderado …”, então é porque gosta de ser extremista. Os extremistas do PCP com quem António Costa se aliou também gostariam de derrubar o nosso regime democrático (RD). “Acho que este Papa (Francisco) tem prestado um mau serviço ao cristianismo … tem contribuído para destruir as bases do que é a Igreja Católica (IC) …”. Promover a denúncia e expulsão dos abusadores sexuais de crianças é um mau serviço à IC? Um bom serviço seria continuar a encobri-los como fizeram os antecessores do atual Papa? Tendo antes criticado o “populismo penal” e a “estigmatização de minorias” ao invés do que agora faz, ao propor alianças a partidos que defendem o RD ao mesmo tempo que diz querer derrubá-lo e em face das suas constantes contradições, cremos que a política para o LC nunca irá além da mistificação.

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