Aproveitando esta oportunidade que o Diário concede aos comuns cidadãos, venho por este meio condenar o aproveitamento político que o partido JPP anda a fazer com o sector da banana.

Quando o sector da banana esteve perto de morrer, os irmãos de Gaula ainda brincavam ao socialismo. Nessa altura nunca se lembraram dos produtores de banana, que passaram fome e sentiram o futuro comprometido, sem qualquer tipo de esperança.

Hoje, com o sector estável, gostemos ou não do modelo da Gesba, os deputados do JPP na ânsia de ganharem palco, procuraram tirar dividendos políticos, de forma abjeta, alimentados por uma dezena de energúmenos que no passado ajudaram a cavar um buraco sem fundo, sem que tenham sido julgados ou condenados.

Todos nós produtores sabemos quem são esses indivíduos, os crápulas que se vendiam por um punhado de tostões, que graças a Deus perderam protagonismo, mas que querem à força assaltar de novo o poder, para poderem voltar a beneficiar de regalias que devem ser de todos e não apenas de alguns, como acontecia no passado.

A maioria dos produtores de banana não se revê nessa dezena de sujeitos mal formados, que quer destruir um sector que garante sustento a milhares de pessoas, procurando iludir a opinião pública com falsas questões, escondendo a verdade dos factos, sobretudo um triste passado, do qual nem me quero lembrar, porque a mágoa e a tristeza continuam bem presentes na minha memória.

Não estou com esta opinião a defender a Gesba. É sempre possível fazer mais, mas não reconhecer o trabalho que foi feito, não enaltecer que nunca se pagou tão bem a banana ao quilo como hoje é atirar areia para os olhos de todos nós.

É preciso dizer aos “bananas” do JPP que não queremos este tipo de parasitas a mexer com o trabalho de quem vive de uma cultura que não pode estar a saque, que precisa de estabilidade para que possamos continuar a crescer e a vender um produto que é um ex-libris da nossa Madeira.

Todos são importantes para ajudar, mas o que anda a tentar fazer o JPP é estragar e a denegrir a imagem de todos nós. Portanto, não brinquem com o suor dos produtores de banana.

Emanuel Basílio