Madeira

JPP denuncia "situação caótica" em que as camas 'entopem' corredores do hospital

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O Juntos Pelo Povo lança duras críticas tanto à Secretaria regional de Saúde como à Secretaria Regional de Inclusão e Cidadania devido à falta de resposta para as denominadas "altas problemáticas". O partido denuncia uma "situação caótica" no Hospital Dr. Nélio Mendonça, em que as camas já se encontram a 'entupir' os corredores dessa unidade de saúde.

"No período do COVID-19, encontrou-se «solução» para conseguir desocupar mais de 250 camas, situação que tem vindo a ser um problema e que tem vindo a aumentar na Região Autónoma da Madeira, tal como refere o próprio relatório de actividades e gestão do SESARAM", indica um comunicado assinado por Paulo Alves.

O deputado indica que as camas voltam a avolumar-se nos corredores, sem que exista uma articulação entre secretarias para responder aos idosos que não têm condições para regressar à sua casa, nem qualquer suporte familiar para o efeito. "Esta situação, completamente inadmissível, retira qualquer Dignidade às Pessoas sendo, infelizmente, uma situação que se tem tornado recorrente e que mostra as prioridades invertidas no que ao apoio e acompanhamento dos idosos diz respeito", atira o deputado.

Paulo Alves indica que se assiste, "por um lado, a um conjunto de intenções da Secretária Regional da Inclusão e Cidadania, que promete melhores condições de apoio e acompanhamento aos idosos sem, contudo, prestar qualquer esclarecimento à Assembleia, tal como aconteceu com o processo de privatização de equipamentos e respostas sociais sob a tutela do ISSM, IP-RAM, nomeadamente, lares de idosos". Por outro lado, "temos uma Secretaria Regional da Saúde que desvaloriza o forte agravamento das listas de espera, desde 2015, e a constante descapitalização do próprio serviço de saúde público regional, que conta com cada vez maiores dificuldades em responder às necessidades dos utentes, quer por falta de equipamentos, falta de profissionais de saúde e da própria disponibilidade das salas de cirurgia".

Além disso, o deputado do JPP refere que ainda se assiste a uma outra situação. "Noutras situações em que os idosos até têm alta médica e alta clínica, podendo regressar ao seu domicílio, várias têm sido as situações em que os familiares se deparam com os cateteres ainda nos braços, tal como se verifica pela fotografia anexa (situação que aconteceu nestes últimos dias), comprovando o alheamento em que se encontra o nosso Serviço Regional de Saúde".

"Não podemos deixar de questionar: quem terá coragem para assumir que as “altas problemáticas” são um problema que afeta os nossos serviços de saúde, a qualidade de vida destes utentes e que comprovam a inércia do ISSM, IP-RAM na criação de um Plano Estratégico devidamente articulado, para o apoio e acompanhamento de pessoas, maioritariamente idosas, que se encontram nesta situação?", termina.