No Funchal, está ao nosso alcance criar um novo centro cultural e de intervenção cívica na Rua da Carreira, no coração da cidade, no edifício que é património do Estado, onde tem funcionado o Departamento de Recrutamento Militar, e que foi a sede da polícia política durante o Estado Novo. Aquele local, que foi da PIDE/DGS e onde se instalou e desenvolveu toda a força repressiva do fascismo, não poderá deixar de ser um lugar memorial. Mas, será um espaço vivo, lugar de dinâmicas atrativas e de confluências da juventude, para os criadores culturais, para a reflexão política, para o debate democrático na cidade e com os cidadãos. Ou seja, a nossa proposta é a de trazer para o Funchal um novo espaço cultural público capaz de inscrever na vivência coletiva os valores das lutas travadas pela liberdade e pela democracia.

Se a nossa proposta de criação no Funchal do Centro de Documentação sobre a Resistência e os Resistentes Antifascistas é imediatamente viável, o nosso projeto para a cidade inclui, ao mesmo tempo, no edifício vizinho que está vazio, onde funcionou a Escola da Carreira, a instalação da Casa da Cultura, com a Galeria Municipal que o Funchal nunca teve, com a Livraria que o Município precisa, com a ousada agenda cultural que o Funchal requer.

Assim, propomos que o Funchal consiga ganhar espaços de encontro e de participação, espaços de cultura, lúdicos, de fruição urbana, e seja uma cidade com outras centralidades de uso local, nacional e internacional.