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Lançado em Lisboa manifesto para reforçar investigação em áreas criativas

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Um manifesto destinado a reforçar a investigação científica na Europa, em áreas como cinema, música, arquitetura, design e património, foi ontem lançado em Lisboa, com os primeiros concursos de financiamento de projetos a serem lançados na próxima semana.

O "Manifesto de Lisboa sobre Indústrias Criativas Centradas no Cidadão e Orientadas para a Investigação" resultou de "uma articulação entre o Parlamento Europeu, Estados-Membros e a Comissão Europeia" para "reforçar a área das indústrias criativas", disse à Lusa o ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, que subscreve o documento.

Segundo o ministro, os "trabalhos artísticos têm muito trabalho de investigação por detrás".

Pela primeira vez, as "indústrias criativas e culturais", em que o manifesto inclui o cinema, o audiovisual, a música, a arquitetura, o design, a moda e o património, passam a ser consideradas para efeitos de projetos financiados por um programa europeu de apoio à investigação e inovação, no caso o Horizonte Europa (2021-2027), acentuou Manuel Heitor.

O titular da pasta da Ciência e Tecnologia mencionou que "os primeiros concursos para investigação em indústrias criativas" abrem em 22 de junho. Em particular, o Instituto Europeu da Inovação e da Tecnologia irá lançar "concursos para projetos nesta área" a partir de outubro.

Uma cópia do manifesto foi hoje entregue à comissária europeia para a Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, no final da mesa-redonda "Indústrias Criativas para a Europa Centradas no Cidadão e Orientadas para a Investigação", que decorreu no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, em colaboração com a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu.

O documento tem como primeiros subscritores, além do ministro Manuel Heitor, a presidente da Ciência Viva, Rosalia Vargas, e o eurodeputado alemão Christian Ehler, relator do programa específico de execução do Horizonte Europa, orçado em 95,5 mil milhões de euros.

O "Manifesto de Lisboa" pode ser subscrito por cidadãos e instituições.