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UE contribui com 700 milhões para garantir o acesso das raparigas à educação

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A União Europeia (UE) comprometeu-se ontem a contribuir com 700 milhões de euros para a Aliança Global pela Educação, com o objetivo de ajudar a que, em 2026, 40 milhões de raparigas tenham acesso à escola.

"Cerca de 11 milhões de meninas, da pré-escola ao ensino médio, correm o risco de não voltar à escola, com todas as consequências que tal acarreta nas suas vidas", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, considerando tratar-se de "um legado amargo da covid-19" que em relação ao qual a União Europeia deve "unir forças para garantir as perspetivas das meninas e jovens "

Numa conferência de imprensa, antes da cúpula do G7, Von der Leyen disse que a pandemia de covid-19 "causou uma das piores crises educacionais da história" e que "a UE apoia fortemente a meta de que 40 milhões de meninas" possam frequentar a escola em 2026 .

Para tal, segundo a agência EFE, a UE contribuirá com 100 milhões de euros do seu orçamento plurianual durante os próximos sete anos, elevando o total para 700 milhões de euros.

De acordo com os dados fornecidos hoje pelo Executivo Comunitário, durante a pandemia a diferença de género no acesso à educação em países pobres e em desenvolvimento piorou, por exemplo, no acesso à tecnologia, essencial para acompanhar as aulas a distância durante o confinamento.

Globalmente, desde que a pandemia foi declarada, as raparigas tiveram 17% menos acesso à internet, em comparação com os rapazes, e 26% menos possibilidades de poder desfrutar da tecnologia móvel.