Coronavírus Mundo

Mais 3.560 mortes e 73.174 casos nas últimas 24 horas no Brasil

None

O Brasil registou 3.560 mortes e 73.174 casos de infeção pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde local no seu último boletim epidemiológico.

Com os dados de hoje, o país sul-americano, com 212 milhões de habitantes, chegou às 365 mil vítimas mortais (365.444) e ultrapassou os 13,7 milhões de casos (13.746.681) desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil no final de fevereiro do ano passado.

Este total não contabiliza, pelo segundo dia consecutivo, o número de mortos e infetados registados no Estado do Ceará que, por problemas técnicos, não reportou os seus dados das últimas 24 horas.

Já a taxa de incidência da covid-19 no país, que atravessa o seu momento mais crítico da pandemia, aumentou hoje para 174 mortes e 6.541 casos por 100 mil habitantes.

O Brasil, que é o segundo país com mais mortos em todo o mundo e o terceiro com mais casos, continua a ser nação com mais óbitos em 24 horas, uma tendência observada ao longo de todo o mês de março e que se mantém em abril.

Geograficamente, o foco da pandemia no país é o estado de São Paulo, o mais rico e populoso do país, que concentra 2.704.098 diagnósticos de infeção e 86.535 vítimas mortais devido à covid-19.

Além de ser foco da pandemia, a rede de saúde pública de São Paulo alertou hoje para a escassez de medicamentos necessários para intubação de pacientes.

O Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS-SP) revelou que 68% dos centros de saúde da rede metropolitana não possuíam mais relaxantes musculares, que evitam as contrações musculares reflexas durante a intubação, e que 61% esgotaram os estoques de sedativos.

"A análise dos nossos dados de 13 de abril mostra um agravamento do estado das reservas de medicamentos para intubação em relação às de 05 de abril", explicou o Conselho.

"Há 40 dias mandamos cartas ao Ministério da Saúde para alertá-los e pedir ajuda. São medicamentos importantes para sedar os pacientes" que passam pelo processo de intubação, detalhou o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, em entrevista à Rede Globo.

Já o governador de São Paulo, João Doria, apelou hoje a deputados federais e senadores, na rede social Twitter, que descubram o motivo que levou os pedidos de ajuda dos Secretários de Saúde a serem "ignorados".

"Faço um apelo aos Deputados Federais e Senadores de São Paulo que verifiquem porque os nove ofícios que enviamos ao Ministério da Saúde, solicitando medicamentos para entubação, foram ignorados. Enquanto isso, estamos adotando providências para adquirir os medicamentos no mercado internacional", informou Doria.

"Não tivemos nenhuma resposta. É omissão e descaso do Governo Federal com a população", acrescentou o governador, expondo os ofícios enviados à tutela da Saúde.

Outras cidades do país também têm reportado falta desses medicamentos para intubação de pacientes infetados com covid-19.

Segundo a imprensa brasileira, citando vários profissionais de saúde, alguns pacientes intubados foram amarrados às camas, ao acordarem e tomarem consciência, por falta de sedativos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.974.651 mortos no mundo, resultantes de mais de 138,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.