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Joe Biden quer acelerar distribuição da vacina nos EUA

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Foto EPA

O Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende acelerar a distribuição para o maior número possível de doses de vacina contra a covid-19 para que o fármaco possa chegar a mais pessoas, revertendo a política da Administração Trump.

"O Presidente eleito defende que é necessário acelerar a distribuição da vacina, continuando a assegurá-la o mais rápido possível aos norte-americanos que dela necessitam", indicou T. J. Ducklo, porta-voz do gabinete de Biden, numa declaração.

Segundo Ducklo, o futuro Presidente norte-americano, que tomará posse a 20 deste mês, defende que se deve distribuir "imediatamente" todas as vacinas disponíveis.

"[Biden] acredita que o Governo deve parar com a retenção do fornecimento de vacinas para que se possa inoculá-las rapidamente nos braços dos americanos", acrescentou.

Sob proposta da Administração de Donald Trump, o Governo tem retido o abastecimento de vacinas para garantir que as pessoas já vacinadas possam assegurar a segunda dose, que dá maior proteção contra o novo coronavírus.

As vacinas, quer da Pfizer/BioNTech quer da Moderna, requerem uma segunda dose cerca de três semanas depois da primeira inoculação para garantir maior eficácia no combate à covid-19, estando ainda na fase de teste a que bastará vacinar uma só vez.

Após o vislumbre de uma esperança quando a primeira vacina foi aprovada, em dezembro passado, a campanha nacional de vacinação começou a decorrer, embora mais lentamente do que o previsto.

Das 29,4 milhões de doses distribuídas, apenas cerca de 5,9 milhões foram administradas (equivalente a 27%), segundo o Centro Nacional de Controlo e Prevenção de Doenças.

Biden, entretanto, já manifestou seu desagrado num discurso feito na semana passada, antes de vitória eleitoral ser certificada pelo Congresso, em que referiu que pretende acelerar as vacinações, defendendo que o Governo Federal terá de ter um papel mais ativo para garantir que as vacinas não estejam apenas disponíveis como também administradas.

"O plano para a distribuição de vacinas da Administração Trump falhou e está muito atrasado. Se continuar como até agora, vai demorar anos, não meses, a vacinar o povo norte-americano", disse, então, o Presidente eleito.

A Associação dos Hospitais dos Estados Unidos estima que o país deveria vacinar diariamente 1,8 milhões de pessoas entre 01 de janeiro e 31 de maio para alcançar no verão o objetivo de uma imunidade generalizada à doença.

Tal é conhecido como "imunidade de rebanho" e envolveria a vacinação de pelo menos 75% da população.

Hoje, sem adiantar pormenores, o porta-voz de Biden salientou que a próxima administração dos estados Unidos vai pôr em prática uma campanha de vacinação "muito mais agressiva", com maior envolvimento e liderança a nível federal, para alcançar a meta de 100 milhões de vacinações nos primeiros 100 dias.

Ducklo referiu que tanto Biden como a vice-Presidente Kamala Harris têm estado a analisar com os líderes locais sobre a coordenação a ter em conta nos esforços que terão de ser feitos a todos os níveis de Governo.

Entre as medidas específicas estão a abertura de centros de vacinação e o envio de equipas móveis para as comunidades que residem em locais remotos.

"A questão é que não há qualquer plano nacional de coordenação", sublinhou, por seu lado, Rick Brigton, conselheiro de Biden.

Ducklo adiantou que Biden dará explicações adicionais na próxima semana sobre como a sua futura administração se vai empenhar no combate à pandemia assim que tomar posse, a 20 deste mês.

Os Estados Unidos ultrapassaram hoje pela primeira vez as 4.000 mortes em 24 horas devido ao novo coronavírus, segundo fontes oficiais, enquanto especialistas do país alertam que a pandemia vai piorar este mês.

O país registou na quinta-feira o recorde de 4.033 mortes atribuíveis à covid-19, segundo dados do Covid Tracking Project.

Segundo dados oficiais, o número total de mortes pela pandemia já chega aos 365.400 nos Estados Unidos, o país mais afetado pelo SARS-CoV-2, com mais de 21,5 milhões de pessoas infetadas entre os 88 milhões de casos positivos registados em todo o mundo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.899.936 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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