Fátima Aveiro promete transparência e proximidade na gestão da Câmara do Funchal
A candidata do JPP à presidência da Câmara Municipal do Funchal, Fátima Aveiro, apresentou esta quinta-feira os pilares da sua proposta política, colocando a transparência e a proximidade aos cidadãos no centro do seu programa autárquico.
Em declarações públicas, citada em nota do JPP à imprensa, a candidata independente defendeu que "a transparência e a palavra como valores cimeiros" são fundamentais para a sua candidatura, considerando que "são das principais virtudes da democracia". Fátima Aveiro comprometeu-se a liderar uma governação assente "numa base humanista de acrescida responsabilidade e cidadania", com o objectivo de "colocar as pessoas no centro de todas as decisões".
A cabeça-de-lista do JPP não poupou críticas ao actual estado da política local, afirmando que "quase 50 anos depois da democracia, da Autonomia e poder local, é tempo mais do que suficiente de trazer decência, verdade, rigor e seriedade à vida política e pública".
Segundo Fátima Aveiro, "o crescente desinteresse e afastamento das pessoas das questões políticas, se devem, primeiramente, à falta de compromissos sérios e respostas concretas às necessidades das populações, por parte dos políticos em geral, que são sempre de muitas promessas, mas que deixam tudo na mesma."
A candidata manifestou determinação em quebrar este ciclo, garantindo que aceitou o desafio "para fazer diferente, transformar o Funchal", o que considera exigir "coragem e capacidade de decisão para inverter este ciclo a que temos assistido de degradação da democracia, da vida pública, da falta total de compromisso, desconsideração pelas instituições, da falta de transparência nas decisões, desrespeito até pelos direitos das pessoas e uma inexplicável perda de noção de quem nos governa perante os problemas reais das populações".
Para ilustrar as falhas do sistema actual, Fátima Aveiro apontou a crise habitacional como um exemplo paradigmático da falta de resposta política. A candidata questionou: "Como é que perante um drama social vastíssimo como é a falta de habitação, causado, precisamente, pela inacção política de a Região não ter construído habitação pública nos últimos dez anos, um problema que, como se tem visto, é reclamado por todas as candidaturas, em todos os concelhos, incluindo as candidaturas do PSD, não há uma convergência, um plano de emergência, comunhão de esforços, governos, autarquias, cooperativas e entidades públicas para se estabelecer um plano, uma meta e colocar no mercado habitação pública a preços que as famílias, os jovens, a classe média e trabalhadora possam pagar? Não há casas, mas gabam-se de recordes na receita fiscal, na economia e no PIB, como é que o cidadão que precisa de uma casa olha para isto?".
Entre as medidas apresentadas pela candidatura, destaca-se a criação de uma plataforma de alertas destinada ao tecido empresarial, permitindo que "todos os empresários possam concorrer em igualdade de oportunidades aos concursos municipais". O JPP garante que esta iniciativa visa promover uma administração mais eficiente e transparente, facilitando o acesso à informação por parte dos munícipes.
Fátima Aveiro sublinhou ainda a importância da proximidade com as juntas de freguesia, considerando fundamental uma articulação equitativa com todas as freguesias do concelho. "Não podemos esquecer o papel primordial das juntas de freguesia, que no Funchal, pela diversidade das diferentes realidades, que vão 'do mar à serra', imprimem uma necessidade acrescida de articulação e cooperação constantes, entre a Câmara Municipal e as freguesias do concelho. O que se tem visto é uma proximidade de acordo com a por política da junta de freguesia, mas connosco todas terão a mesma atenção."
A candidata do JPP deixou um aviso claro aos eleitores: "Não contem comigo nem com a minha equipa para continuar neste caminho sinuoso, opaco, que trará problemas sérios à democracia, à autonomia e ao poder local", reafirmando o compromisso com uma governação transparente e próxima dos cidadãos do Funchal.