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Madeira

Albuquerque desmente Rui Barreto na polémica da aquacultura na Calheta

“Não há nenhuma decisão do Governo nesse sentido” garante o presidente do Governo Regional

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O presidente do Governo Regional esclarece que não haverá mais jaulas de aquacultura no mar da Calheta em relação às que já existiam.

“Não há ampliação, é isso que está decidido pelo Governo. Quem decide isso sou eu”, assegurou hoje, à margem de visita a São Jorge.

Confrontado com as declarações públicas do secretário regional com a tutela do Mar e Pescas, que admitiu novas instalações, Miguel Albuquerque foi categórico em afirmar que “não há nenhuma intenção de ampliar a aquacultura”.

Esclareceu que apenas “estão a ser repostos, como existiam, as jaulas que foram afectadas agora por causa do mau tempo. Não há nenhum aumento na aquacultura na Calheta”, afirmou.

Não se comprometeu que no futuro tal não possa vir a acontecer, “mas não agora porque não há nenhuma decisão do Governo nesse sentido”. No presente apenas e só “a reposição daquilo que existia”, garante.

Foi a resposta à notícia do DIÁRIO sobre a aquacultura que volta a dar briga entre PSD e CDS. Em causa está a colocação de mais estruturas flutuantes na zona do Arco da Calheta, que o secretário regional de Economia, Mar e Pescas, Rui Barreto, admitiu estarem autorizadas em declarações à RTP/Madeira.

Posição prontamente contestada pelo antigo deputado regional e actual deputado municipal, Agostinho Gouveia.

O social-democrata calhetense denuncia a contradição entre Albuquerque e Rui Barreto.

Lembra que no ano de 2020 o presidente do Governo Regional afastou a ideia da colocação de mais jaulas de aquacultura no mar da Calheta, ao assegurar então não ter autorizado a expansão da produção de peixe em cativeiro.

Conclui por isso que “das duas uma: Ou o presidente do Governo quis enganar a população da Calheta dizendo que não havia licenciamento ou, agora, o secretário Rui Barreto, com a tutela do Mar e Pescas está a querer passar a perna a Miguel Albuquerque dando o dito por não dito”, sentenciou Agostinho Gouveia em declarações ao DIÁRIO.