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Madeira

"Mantivemo-nos unidos" e "subimos 22%"

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Desengane-se quem julga que o CDS [muitas vezes designado por partido do táxi por ter um universo pequeno] está em declínio ou sem força política. Esta manhã, o líder dos centristas populares madeirenses contrariou teses mais críticas frisando que "na Madeira não só nos mantivemos unidos, como subimos 22% em número de militantes inscritos,  desde que lidero o partido”, disse na Convenção Autárquica do partido que decorreu na Casa das Mudas, na Calheta.

Curiosamente não foram muitos os que correligionários presentes, segundo a organização o partido de Rui Barreto reuniu cerca de "120 militantes e simpatizantes", num concelho que já chegou a ser a segunda força partidária, hoje sem representação na vereação tendo perdido nas últimas autárquicas uma das três Juntas de Freguesia [Ponta do Pargo] para o PSD que não alinhou em coligação.

Aquilo que tenho para dizer é que aqui, na Madeira, não só nos mantivemos unidos como subimos 22% em número de militantes inscritos desde que lidero o Partido". Rui Barreto, líder do CDS

Barreto enalteceu a "coragem" e a "força" de acreditar dos centristas que na sua opinião faz com que hoje seja uma certeza que "o CDS está vivo, está forte e vai voltar ao parlamento nacional”, perspectivou justamente porque Nuno Melo, líder nacional dos centristas formalizou um acordo de coligação com Luís Montenegro, presidente do PSD nacional.

De resto, virando a agulha para o 'mercado' interno, o líder da comissão política regional do CDS Madeira, defendeu que o seu partido tem cumprido e tem sido um “farol de estabilidade” na acção governativa, tendo enumerado vários exemplos de políticas implementadas na área económica, mas também na área social, tais como a menor fiscalidade para as empresas na região, mas também a redução dos impostos sobre as famílias - como o IRS - e ainda a gratuitidade dos passes sociais até aos 23 anos.

A parte final da intervenção foi dedicada ao “desafio” das eleições legislativas nacionais que segundo Barreto, “porventura serão as eleições mais importantes para a Assembleia da República, dos últimos 50 anos, pois serão absolutamente definidoras daquilo que será a reconfiguração do sistema partidário português.

É neste quadro que o líder do CDS diz temer que se “perca a unidade e a coesão nacional”, que depois de 1974 foram os alicerces do desenvolvimento das ilhas da Madeira e do Porto Santo. “Para vencer as eleições é preciso federar todos os autonomistas, disse.

De acordo com Rui Barreto há três realidades distintas no país. Os madeirenses não são iguais nem pensam como os açorianos nem como os continentais. “Ao fim de cinquenta anos de democracia, temos que acabar com a desconfiança em relação à Madeira. Nós não condicionamos as opções do continente, não condicionem as opções da Madeira”, rematou.