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Madeira

Dina Letra e Roberto Almada apresentam moção conjunta à convenção do BE-Madeira

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‘Reforçar a Esquerda, Consolidar o Bloco’ é o título da única moção de orientação política que foi apresentada para a X Convenção Regional do Bloco de Esquerda Madeira, marcada para 21 de Janeiro.

Dina Letra, actual coordenadora do BE-Madeira encabeça a lista para a Comissão Coordenadora Regional que tem Roberto Almada, deputado à Assembleia Legislativa da Madeira, como ‘número dois’.

A moção ‘Reforçar a Esquerda, Consolidar o Bloco’ começa por recordar que foi com base na “coerência” do BE que a equipa de Dina Letra procurou “em 2021, num contexto desafiante”, assumir  o “compromisso e a responsabilidade de recuperar a coesão interna e de relançar o Bloco de Esquerda na Região”.

A moção é também um balanço do que foi feito, destacando a “forte representação autárquica no concelho do Funchal”, nas eleições de 2021 e a recuperação da representação parlamentar na Assembleia Legislativa, nas eleições regionais de Setembro do ano passado.

Nas últimas eleições, o BE, além de recuperar um mandato no parlamento, aumentou “a sua expressão eleitoral em todos os concelhos da Região”.

Para os subscritores da moção, “o Bloco ganhou futuro” e, hoje, conta com mais militância, implantação e reconhecimento.

Para o próximo mandato o Bloco de Esquerda Madeira “vai intensificar a sua iniciativa política para construir uma alternativa política e social à direita, que priorize os serviços públicos, os salários e pensões e o direito à habitação, em vez da promoção da especulação e dos grupos privados monopolistas da Região”.

O BE, como é proposto na moção, estará na primeira linha na defesa da transição climática, “compatibilizando a protecção intransigente do património natural da ilha com o desenvolvimento económico e o emprego qualificado, para lá da monocultura do turismo e da política do betão”.

Dina Letra também garante todo o empenho na “na luta contra o conservadorismo, ao lado de quem se mobiliza pelos direitos das mulheres e pessoas LGBTI+”.

Para os próximos desafios eleitorais – eleições nacionais e ‘europeias’ – o BE pretende consolidar e reforçar a sua posição. E o adversário está definido: o PSD-M que “governa em prol dos grandes grupos económicos regionais, que se servem e determinam o orçamento regional”.

“Todos sabemos que os interesses dos grupos Sousa, Pestana e AFA, todos em diversas áreas de negócio que proliferam pelas ilhas da Madeira e Porto Santo, a que acrescem os grupos privados de saúde e dos cuidados, numa clara promiscuidade entre público e privado, assim como os interesses do setor imobiliário e financeiro, têm estado sempre à frente dos interesses e das necessidades das e dos madeirenses, que se vêem entre os mais pobres do país”, pode ler-se na moção.

O PIB regional superior a 6.000 milhões de euros, sublinha o BE, representaria um rendimento anual de 24.000 euros para cada um dos 251.060 habitantes da Madeira.

“É caso para perguntar quantos são os madeirenses que têm esse nível de rendimento, quando o salário médio na Região é inferior aos mil euros mensais”.

A Região Autónoma da Madeira “tem 30% da população em risco de pobreza, salários e poder de compra dos mais baixos do país, custo de vida e de habitação entre os mais altos do país, acentuada desigualdade entre a maioria da população e uma pequena elite, que se move ao estilo monárquico em que o privilégio se transmite entre gerações; profunda crise demográfica com uma população envelhecida e os jovens a procurar na emigração o futuro que não conseguem encontrar na sua terra. É esta a herança dos governos do PSD-M e das suas políticas erradas”.

Na Madeira, o Bloco de Esquerda promete uma campanha “forte e mobilizadora, contando para isso com toda a sua militância e simpatizantes, sob o mote da defesa da vida de quem trabalha, do clima, do direito à casa, à escola e à saúde, que vença a direita e abra caminho a uma alternativa de esquerda para a República”.

Nas eleições ao Parlamento Europeu, o Bloco de Esquerda será a voz de “defesa das regiões ultraperiféricas e das suas populações, de um modelo de desenvolvimento solidário e sustentável, que valorize regiões como a Madeira, rejeitando os modelos errados assentes nos baixos salários, nas especulações financeira e imobiliárias e na monocultura do Turismo”.

A moção vem acompanhada da lista de candidatos à Comissão Coordenadora Regional:

Dina Letra - 3588

Roberto Almada - 3579

Egídio Fernandes - 7350

Carina Quintal - 14924

José António Figueira - 13014

Paulo Sousa - 14523

Margarida Monteiro - 14508

Higino Vasconcelos - 17035

Diogo Teixeira - 16839

Lucinda Silva - 2945

Miguel Silva - 13412

Mandatário: Roberto Almada - 3579

Representante na COC: Carina Quintal - 14924