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Rússia admite progressos no fabrico conjunto de armas modernas na Índia

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, admitiu hoje "progressos concretos" no fabrico conjunto de armas modernas na Índia, após ter reunido com o seu homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar.

"Discutimos as perspetivas de cooperação militar, incluindo a produção conjunta de armas modernas", disse Lavrov, admitindo "progressos concretos" nesta área, durante uma conferência de imprensa.

O chefe da diplomacia russa sublinhou que esta cooperação tem uma "natureza estratégica" e explicou que o seu "aprofundamento responde aos interesses nacionais de ambos os países".

Lavrov reconheceu a "postura responsável" de Nova Deli na análise dos problemas regionais e globais, frisando que tal análise é guiada pelo princípio da "cooperação internacional justa".

"Esta abordagem também caracteriza a posição da Índia sobre os processos em curso dentro e ao redor da Ucrânia", disse o ministro russo, numa altura em que a Índia tem sido muito cuidadosa na condenação às ações militares russas no território ucraniano, iniciadas em fevereiro de 2022.

Por sua vez, Jaishankar destacou que as trocas comerciais bilaterais atingiram níveis históricos e manifestou o desejo do seu país de receber mais turistas russos.

Hoje à tarde, o chefe da diplomacia indiana será recebido pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

Devido à guerra e à redução das importações europeias, a Índia tornou-se um dos principais destinos dos hidrocarbonetos russos, que o país asiático recebia a preços muito abaixo do mercado.

O vice-primeiro-ministro responsável pela Energia, Alexandre Novak, avançou hoje que a Rússia redirecionou a quase totalidade das exportações de petróleo para a China e para a Índia, obtendo receitas a um nível comparável ao de 2021.

De acordo com o governante russo, citado pela agência AFP, a Rússia vendeu 45% a 50% do seu petróleo à China e 40% à Índia.