Madeira

Mortes por tumores malignos aumentaram em 2021 na Madeira

Em decréscimo quando comparado com o ano 2020 temos o número de mortes por doenças do aparelho respiratório, que se mantém, ainda assim, como principal causa de morte na Região

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Foto Arquivo/ASPRESS

A Direcção Regional de Estatística (DREM) acaba de divulgar os dados referentes às causas de morte registadas na Madeira, no ano 2021. Da análise simplificada dos números nota-se que, comparativamente a 2020, houve mais óbitos devido a tumores malignos, enquanto se verificaram menos mortes causadas por doenças do aparelho respiratório, que, ainda assim, continua a ser a principal causa de morte de residentes na Região. 

No total, a DREM dá conta de que, em 2021, morreram, na Madeira, 2.875 pessoas, traduzindo um aumento de 6% (2.713 óbitos em 2020), dos quais 1.417 foram homens e 1.458 mulheres, o que, estabelecendo uma relação comparativa, temos 97,2 óbitos masculinos para cada 100 óbitos femininos.

Desta conta fazem parte os 809 óbitos por "doenças do aparelho circulatório", que assume o topo da lista, com 809 mortes, o que corresponde a uma taxa de 320,7 óbitos por 100 mil habitantes (329,1 em 2020). "Os municípios de São Vicente (594,9), Calheta e Porto Moniz (ambos com 483,0) foram os que registaram a maior taxa. Os municípios de Santa Cruz, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava obtiveram taxas inferiores à média da Região", aponta a DREM. 

Em segundo lugar nesta lista surgem os "tumores malignos", com 676 óbitos, traduzindo um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior. "O município de São Vicente foi o que apresentou a maior taxa, seguido da Calheta e Santana com taxas de 410,3, 373,6 e 320,4 óbitos por 100 mil habitantes, respectivamente", lemos na informação divulgada. 

Neste grupo de causas de morte, a morte por 'Neoplasia maligna da laringe, da traqueia, dos brônquios e dos pulmões' constituiu a principal causa de morte (39,6 óbitos por 100 mil habitantes) seguida da 'Neoplasia maligna do tecido linfático e hematopoético e tecidos relacionados' (22,6) e da 'Neoplasia maligna da próstata' (19,8).

A tríade cimeira fica completa com as mortes causadas por 'doenças do aparelho circulatório', com 401 óbitos, correspondendo a uma taxa de mortalidade de 158,9 óbitos por 100 mil habitantes (166,7 em 2020). "O município da Calheta foi o que apresentou a maior taxa por esta causa (291,6 óbitos por 100 000 habitantes), seguido do Porto Moniz e Santana com taxas de 241,5 e 198,4 óbitos por 100 mil habitantes, respectivamente", destaca a Estatística regional.

De fora destas contas ficam as mortes causadas por covid-19, com 126 óbitos em 2021, metade homens e metade mulheres, representando 4,4% do total de óbitos registados na Madeira. "Os meses do primeiro trimestre, bem como, novembro e dezembro foram os que registaram maior número de óbitos, 90,5% do total. Quanto ao grupo etário, verifica-se que 81,0% dos óbitos tinham 70 ou mais anos", esclarece a mesma fonte. Em 2020, foram 15 as mortes associadas a esta doença, na Madeira.