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Politécnicos sublinham necessidade urgente de mais camas para os estudantes

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O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) sublinhou hoje a necessidade urgente de disponibilizar mais camas para os estudantes e saudou o compromisso do primeiro-ministro para com o alojamento estudantil.

"A exigência de mais camas para os estudantes no mercado habitacional é uma necessidade que precisa de resposta urgente no terreno", afirma o CCISP em comunicado, depois de ter participado na sessão em que o primeiro-ministro assinou a lei da Assembleia da República que permite às instituições do Ensino Superior Politécnico atribuir doutoramentos.

Após o encontro, que se realizou no Palácio da Foz, em Lisboa, o Conselho Coordenador saudou o compromisso reafirmado por António Costa com o reforço do número de camas disponíveis em residências de estudantes, frisando que essa é igualmente uma necessidade dos politécnicos.

É, aliás, uma necessidade urgente "para que os politécnicos consigam não só expressar a sua vertente social como providenciar ensino de qualidade, ajustado às reais necessidades das empresas, das regiões do país, como tem feito ao longo das últimas décadas", sustenta, destacando o papel dos estudantes daquelas instituições enquanto "motor do desenvolvimento das regiões demograficamente deprimidas".

Durante a mesma sessão, o primeiro-ministro afirmou que a meta do Governo é concluir até ao final de 2024 a revisão do regime jurídico das instituições de Ensino Superior e pediu abertura ao diálogo face à complexidade deste processo.

A propósito da revisão do diploma, o CCISP considera que as alterações em curso são fundamentais para o ensino superior politécnico e deverão permitir reforçar o potencial das instituições para atrair mais investimento estrangeiro em inovação e desenvolvimento, e mais talentos internacionais.

António Costa alertou, em declarações aos jornalistas, para a complexidade do processo de revisão do regime jurídico, que disse ser essencial para melhorar os sistemas de financiamento do ensino superior.

"Como qualquer mudança, sabemos que esta mudança também não é fácil de fazer. Mas é importante que exista um diálogo franco, leal e aberto, baseado numa relação de confiança entre todos para que se possa fazer essa revisão", sustentou.