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49.ª Feira do Livro: Mais Cultura no Funchal

Não tenho dúvidas de que o Centro Cultural e de Investigação do Funchal vai marcar o futuro da nossa cidade por muitos e bons anos

Abriu, na passada sexta-feira, com a presença do Ministro da Cultura, a 49ª Feira do Livro. Este ano, o tema central será o teatro, e a homenagem à extraordinária poeta, Natália Correia, também ela uma habitante das ilhas, neste caso, dos Açores, há trinta anos falecida, mas cuja obra, com relevo para a sua coragem e militância cívica, nunca será esquecida.  Trata-se de um investimento de 140 mil euros, num programa muito abrangente, no que é também um grande palco de promoção e divulgação de jovens criadores e artistas locais, cumprindo, deste modo, o que foi e continua a ser um dos nossos principais compromissos no que se refere à cultura: o apoio à juventude e aos artistas regionais. Nesse sentido, refiro a importância do Prémio Edmundo Bettencourt, no valor de 3 mil euros; as 6 Bolsas Anuais de Criação Artística no valor de 6 mil euros cada; o programa “Impulso” que apoia 4 jovens criadores, com 5 mil euros nas áreas das artes visuais, teatro, música, dança, bem como o apoio a outros eventos e espaços culturais, o que tem permitido aos nossos jovens criarem e desenvolverem os seus trabalhos culturais.  Connosco, e porque cumprimos o que prometemos, há mais investimento, mais apoios, mais cultura, mais dinamismo, mais oportunidades, razão pela qual o Orçamento Municipal para 2023 tem, este ano, 2,5 milhões de euros. Aumentámos assim o apoio à cultura, em mais 1,7 milhões de euros, face ao ano anterior.  Ainda muito recentemente foi aprovado, em Reunião de Câmara, o apoio de 313 mil euros a 50 associações culturais da nossa cidade, sem esquecer que este mês estamos a comemorar o 135º aniversário do ex-libris cultural do Funchal, o magnífico Teatro Municipal Baltazar Dias, com uma programação especial, num investimento de 30 mil euros.  Baltazar Dias que, no ano passado, registou mais de 126 eventos, 215 sessões e a presença de 31 mil espectadores, representando um aumento de 46% em relação a 2021.  São, pois, várias as iniciativas que estamos a organizar e a apoiar, as quais visam fazer com que a cultura, no Funchal, seja eclética e esteja ao alcance de todos, sempre com o foco no apoio às associações e artistas locais e regionais, sem, contudo, esquecer, porque a cultura é também diversidade e diferença, os espetáculos com artistas nacionais e internacionais, de que é exemplo o Funchal Jazz.  Não posso ainda deixar de relembrar a nova vida que tem hoje o Auditório do Jardim Municipal. Outrora esquecido, connosco foi recuperado e é, hoje, uma inquestionável centralidade cultural do Funchal.  Depois da Feira do Livro e também do Funchal Jazz, que são, indubitavelmente, grandes momentos culturais do ano, teremos, em setembro, outro grande momento, com a abertura do Centro Cultural e de Investigação do Funchal que será, sem qualquer dúvida, uma nova e importantíssima centralidade cultural, mas não só, já que terá uma componente tecnológica.  Não tenho dúvidas de que o Centro Cultural e de Investigação do Funchal vai marcar o futuro da nossa cidade por muitos e bons anos, a começar já em 2024, quando ali decorrer a Bienal das Artes e da Cultura do Funchal. Entretanto, o momento é de visitar e fruir a Feira do Livro do Funchal, até 02 de abril. Com muitos autores, muitos livros, mas também com concertos, teatro, espetáculos multidisciplinares, animação de rua, o que revela bem o cuidado que temos com a cultura no Funchal, porque o acesso à mesma é fundamental à qualidade de vida e bem-estar das pessoas.