Madeira

“Somos uma instituição cheia de valores, mas sem meios”

Tenente-coronel Bernardino Laureano, presidente do Núcleo do Funchal da Liga dos Combatentes

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Embora tenha registado e enaltecido o facto da Região ter adaptado a aplicação do Estatuto do Antigo Combatente, Estatuto que havia sido aprovado pela Lei nº 46/2020 de 20 de Agosto, na Assembleia da República, e que a 6 de Janeiro deste ano viu ser publicado o Decreto Legislativo Regional nº 1/2022/M, que adapta a sua aplicação à realidade da RAM, o Tenente-coronel Bernardino Laureano, presidente do Núcleo do Funchal da Liga dos Combatentes, voltou a recordar “os graves problemas que afectam muitos homens que serviram as Forças Armadas no período da guerra e que agora, mais uma vez, lutam por falta de saúde e precisam de apoio”.

Fê-lo esta manhã junto ao monumento em memória/honra dos Combatentes Madeirenses mortos no Ultramar, por ocasião das Cerimónias do Dia do Combatente, Evocação do Centenário da Participação Portuguesa na Grande Guerra e o 103.º aniversário da Batalha de La Lys.

Perante a presença de autoridades civis e militares, reafirmou: “Somos e não deixaremos de ser combatentes. É nesta condição que continuamos a dignificar o homem combatente em cumprimento pelas responsabilidades impostas pela defesa nacional à Liga dos Combatentes”, lembrou.

A necessidade de mais apoio/reconhecimento foi uma das tónicas na intervenção do presidente do Núcleo do Funchal da Liga dos Combatentes, ao afirmar “somos uma instituição cheia de valores, mas sem meios em termos de pessoal, material ou financeiro, daí que muitas das missões que pessoalmente desempenhamos sejam suportadas pelos associados”.

Também fez questão de reafirmar e vincar a credibilidade da Liga dos Combatentes, que “além de uma instituição centenária é sobretudo uma instituição de Utilidade Pública sem fins lucrativos e única credível e responsável prelos assuntos dos combatentes. Estamos no terreno em regime de voluntariado desde 1923 com o objectivo de apoiar as viúvas, os órfãos e os combatentes feridos na Grande Guerra e nas guerras sucessivas”, concretizou.

As cerimónias comemorativas do 104º. Aniversário da Batalha de La Las, e do 48º. aniversário do Fim da Guerra do Ultramar e do Dia do Combatente decorreram esta manhã na Santa, Porto Moniz.