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Francisco Gomes lançou em Lisboa a obra 'A crise no Islão'

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Francisco Gomes acaba de apresentar em Lisboa a sua décima terceira obra, intitulada ‘A Crise no Islão: Causas e Consequências do Eclipse do Crescente Fértil’.

O livro é a décima terceira obra do politólogo madeirense e a segunda que conta com o apoio da Fundação Sharing e é editado pela Colibri.

A apresentação decorreu na Sala de Âmbito Cultural do ‘El Corte Inglés’, em Lisboa, e contou com a participação de vários quadros ligados à investigação, à ciência, ao ensino, à gestão e à administração pública nacional, entre os quais o deputado do PSD na Assembleia da República, Sérgio Marques, o ex-vice do parlamento nacional, Guilherme Silva, e o fundador da Sharing, Sílvio Santos.

O livro, que tem prefácio de Ana Gomes, conhecida jurista, diplomata, política e activista, foi apresentado por Liliana Rodrigues, professora universitária, investigadora, antiga deputada no Parlamento Europeu e colega do autor no ‘Primeira Mão’, programa de análise política que é transmitido semanalmente pela TSF-Madeira. Ricardo Miguel Oliveira, director do DIÁRIO também participou na apresentação, fazendo um comentário da obra.

Um tema sensível

No livro, Francisco Gomes procura analisar as raízes do declínio civilizacional islâmico e identificar os factores que, no início de um novo século, contribuem para que muitos dos territórios do Islão não sejam mais as regiões de luz e de progresso que foram noutras fases da história da humanidade, mas zonas de obscurantismo, onde predomina um penoso eclipse em matérias de desenvolvimento social, económico, tecnológico, científico, artístico e humano.

Ciente das dificuldades inerentes ao estudo de um tema sensível e com implicações políticas óbvias, ‘A Crise no Islão’ sugere que os complexos problemas que hoje são confrontados pelo Islamismo estão intimamente associados a aspectos como o estado do desenvolvimento humano e económico, a gestão política interna dos estados, o posicionamento estratégico do Ocidente face aos países muçulmanos, os direitos das mulheres, a qualidade da vida cultural e o relacionamento entre a doutrina e o exercício do poder político. Na visão do autor, uma consideração objectiva e atenta destas dinâmicas pode ajudar a perceber de forma mais coerente o afastamento entre as terras do crescente fértil e as correntes da modernidade, formando uma base mais sólida para que o atraso civilizacional que hoje amarra o Islão possa ser ultrapassado.

No prefácio, Ana Gomes apadrinha a obra, reconhecendo-lhe pertinência e propósito. Nas palavras da diplomata: “Recomendo como muito interessante e útil ler a aprofundada análise que Francisco Gomes nos oferece neste livro para melhor compreendermos as crises de relacionamento da Europa e do Ocidente com o mundo islâmico, o que é essencial para não deixarmos realizar-se a profecia de um inevitável confronto de civilizações que infecta o imaginário sobre a ordem mundial e a política externa de muitos países".

Fundação Sharing apoia obra

‘A Crise no Islão’ recebeu o alto patrocínio da Fundação Sharing, instituição com raízes madeirenses, mas com sede em Lisboa e que se dedica à promoção da cultura, da arte e da educação através do estímulo ao conhecimento, ao multilinguismo e ao multiculturalismo.

A obra está já a ser distribuída no território nacional, e, na primeira semana de distribuição, foi dos livros mais vendido da editora Colibri.

A receptividade que o livro tem recebido não altera a postura serena de Francisco Gomes, que prefere olhar para os desafios que se seguem.

“É sempre bom quando ao nosso trabalho é reconhecido uma qualidade que justifica uma nova aposta numa distribuição nacional. Logo, estou feliz, ainda mais porque o tema abordado é sensível e levanta questões que não são suaves. Dito isto, e mais do que tudo, estou grato à Fundação Sharing, que tornou tudo possível. Sei bem que, com esta oportunidade, vem também a responsabilidade de fazer mais e melhor, pelo que é nesse desafio que estão o meu foco e a minha motivação, e não necessariamente na ‘espuma dos dias’ que é gerada sempre que é lançado um livro que toca em assuntos relativamente polémicos, como é o declínio civilizacional do Islamismo”, observou Francisco Gomes.

Esta é a segunda obra que Francisco Gomes apresenta em Lisboa, após o seu último trabalho, intitulado ‘O Fim do Ocidente?’, o qual foi também líder de vendas no mês do seu lançamento e classificado publicamente pelo comentador Luís Marques Mendes: ”Um livro que eu gostava de ter escrito”.