Madeira

Inventariadas 374 famílias com carências habitacionais em Câmara de Lobos

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Câmara e Governo Regional querem construir perto de meio milhar de fogos nos próximos anos

“A carência habitacional é uma realidade no nosso concelho”, lembrou hoje o presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, por ocasião da apresentação do projecto do edifício de habitação multifamiliar composto por 42 fogos, que vai nascer num terreno junto à Escola do Carmo, com uma área de 2.380 metros quadrados.

Oportunidade para sublinhar a importância destes investimentos dirigidos “sobretudo para a classe média”, ao reconhecer que também é importante “proteger” esta classe social e dar conta que o Município de Câmara de Lobos, logo na 1ª fase de candidaturas, esgotou os lotes todos, referindo-se à construção de habitação a custos controlados financiada pela União Europeia ao abrigo do PRR.

Com mais projectos de habitação a custos controlados noutras freguesias concelho, Pedro Coelho sublinhou que o “Governo Regional faz o seu trabalho e nós fazemos o nosso em prol dos munícipes de Câmara de Lobos”.

Num concelho onde a autarquia tem “inventariadas 374 famílias com carências habitacionais”, lembrou que a Câmara Municipal tem previsto construir “cerca de 300 fracções”, além dos 177 fogos previstos serem construídos pela IHM.

Porque “Câmara de Lobos está a valorizar-se muito. Somos o segundo concelho, neste momento, com o valor do metro quadrado mais elevado”, o autarca do PSD sublinhou que “isso é bom, porque valoriza o nosso concelho, mas também não é tão bom porque também a habitação fica mais cara para quem é de cá e quer comprar casa”, reconheceu.

Daí a aposta pública na construção de habitação acessível à bolsa do madeirense.

No caso de Câmara de Lobos, o autarca que está no terceiro e último mandato admitiu que “resolver todos os problemas certamente não vou conseguir em 12 anos, mas o objectivo é resolver muitos [problemas]”, garante.

Em relação ao investimento hoje apresentado pelo IHM, manifestou o desejo que o mesmo possa sobretudo acolher câmara-lobenses.

“Queremos que seja gente de Câmara de Lobos. Faz todo o sentido, mas essa é uma gestão da IHM”, concluiu.