Madeira

Barreto destaca força e expressão do CDS Madeira e lamenta inacção do PS

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 O CDS-PP Madeira reuniu este sábado, 12 de Março, cerca de oitenta autarcas nas primeiras jornadas autárquicas depois das últimas eleições, onde o partido fortaleceu a sua posição nos onze concelhos da Região.

Coube ao presidente da Comissão Política Regional, Rui Barreto, fazer o encerramento dos trabalhos, que decorreram ao longo de toda a tarde e onde, além de uma formação autárquica dedicada aos temas do Estatuto da Oposição e do Orçamento Municipal, contaram com intervenções dos principais protagonistas nas diversas Câmaras, Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia da Região.

Na intervenção que dirigiu aos centristas, o líder do CDS destacou a rede de 108 autarcas que o partido tem hoje. Conforme referiu Rui Barreto, o partido preside à autarquia de Santana, que venceu com maioria absoluta, tem seis vereadores executivos e quatro Juntas de Freguesia e, por isso, “é um partido vivo, com expressão territorial e que tem hoje uma marca”.

Uma marca de credibilidade, de confiança e uma marca de um partido com história ao serviço das populações. É esse o nosso propósito e aquilo que fizemos hoje foi reunir toda a nossa gente numa sessão de formação, mas também para dar força, ouvir os nossos autarcas e preparar o partido para um novo ciclo político e eleitoral, que iniciar-se-á após o Congresso do CDS, que se vai realizar no mês de Maio. Líder do CDS Madeira, Rui Barreto

Rui Barreto diz sentir "orgulho" em representar um partido que tem expressão local, mas também com expressão regional. “O CDS, desde 2019, está no Governo Regional da Madeira porque o PSD perdeu a maioria e foi necessário para criar uma solução de estabilidade”, recordou.

“O CDS está no Governo, preside à Assembleia Legislativa da Madeira, está no poder local, é um partido que tem expressão e que deve continuar a fazer aquilo que sabe fazer, que é defender o interesse das populações com muito trabalho, com muita competência e sem embandeirar em arco”, reiterou.

Já com os olhos postos no futuro, o líder do CDS diz querer um partido moderno, que interprete os novos desafios das novas gerações. “Um partido mais tecnológico, mais a favor da nova economia digital e do conhecimento, dos novos empreendedores e da nova tecnologia web, que está a florescer”, assegurou.

Reagindo ao Congresso do PS-Madeira, Rui Barreto afirmou que o Partido Socialista tem revelado, desde há algum tempo, um "incómodo" pelo CDS não ter dado a maioria ao PS, “nunca ultrapassou esse trauma”, sublinhou.

De acordo com o líder do CDS, agora não há desculpas porque o PS tem uma maioria absoluta estável e, portanto, todos os assuntos da República para com a Região Autónoma da Madeira têm que ser feitos na base do diálogo e da cooperação, numa ligação estreita entre os dois governos, sem intermediários, mas com lealdade e com responsabilidade.

Não podemos continuar com situações em que temos sido mal tratados, temos sido vilipendiados por um Governo da República que promete e não cumpre. Estou a falar das garantias para o financiamento do novo hospital, mas também do regulamento do subsídio social de mobilidade que nunca foi aprovado ou da extensão dos benefícios fiscais ao Centro Internacional de Negócios, que tem prejudicado muito a economia da Madeira. Líder do CDS Madeira, Rui Barreto

Já no final da sua intervenção, o líder dos centristas lançou o repto aos socialistas madeirenses, “se o PS Madeira quer dar uma ajuda e quer contribuir para a Madeira, que interceda e exerça as suas influências em nome dos interesses dos madeirenses”.

Ainda numa alusão ao PS-Madeira, disse ainda que “quem não serve para gerir a cidade do Funchal não serve para governar a Região”.