A questão do IVA na Madeira

No DN de 27 de Setembro de 2022; página, 5, com o título: "Devolução do IVA daria 915 euros por família!".

O presidente do PS-Madeira, Sr. Sérgio Gonçalves, tem razão em exigir a devolução do excedente do valor do Imposto do Valor Acrescentado, chamado IVA; porque pertence aos contribuintes, visto os madeirenses estarem a serem penalizados; pagando uma taxa mais elevada que daquela que deveria pagar.

Os madeirenses beneficiavam de menos 30% do IVA, em todos os escalões, em relação a Portugal Continental, com o fim de ajudar a custear as despesas de transporte das mercadorias; de, e para o Continente.

No DN de 2 de Outubro, do corrente ano; página, 8, em Política, no 5.º parágrafo, escrito pelo Jornalista Victor Hugo, escreve: "A Região tem a mais alta taxa de desemprego, o rendimento médio mais baixo do país, o mais baixo poder de compra. Continuamos a ser uma terra de emigrantes, tendo nos últimos 10 anos 17 mil pessoas deixado a Região por falta de oportunidades. Por isso é preciso também ouvir as pessoas para melhor decidir e para construir um Madeira melhor".

Confirmo esta triste realidade, porque os erros cometidos foram muitos.

Os valores das importações, foram substancialmente superiores aos valores das exportações.

Importou-se milhares de toneladas: de asfalto; de pedras de várias espécies; de areias e cimentos; de arames e vigas de ferro de várias espessuras; de plantas e árvores de indiscriminalmente: etc. etc.

As exportações que geravam milhares de postos de trabalho, tanto na indústria do bordado, como também, na indústria do vime, que foram fechando as suas portas, por falta de apoio.

Conclusão: Qualquer Região ou País que importa mais valor acrescentando do que exporta; está condenado a ser pobre.

No mesmo dia, na página, 22, em Análise, o Ilustre Director do DN, Dr. Ricardo Miguel Oliveira questiona: "De que serve viver mais tempo?".

O que mais me chamou à atenção, apesar das várias interrogações serem válidas, foi: "Se os craques dos impostos tiram quase 50 por cento do que ganhámos com o suor do nosso rosto, para assim garantirem sem escrúpulos o funcionamento das máquinas despesistas e a sobrevivência da burocracia onerosa".

Eis a razão da nossa pobreza e a escandalosa riqueza de uns tantos, que usurpam o valor do trabalho de quem a produz.

José Fagundes